Mas pesquisas ainda são inconclusivas
Estudos recentes indicam que medicamentos como Ozempic e Mounjaro, inicialmente desenvolvidos para tratar diabetes tipo 2 e auxiliar na perda de peso, podem também reduzir o risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer. Uma pesquisa conduzida pela Escola de Medicina da Universidade Case Western Reserve analisou registros eletrônicos de quase um milhão de pacientes com diabetes tipo 2 e descobriu que aqueles que usaram semaglutida, princípio ativo do Ozempic, apresentaram uma redução de 40% a 70% no risco de desenvolver Alzheimer em comparação com pacientes que utilizaram outros medicamentos antidiabéticos.
Além disso, uma análise de dados de 2,4 milhões de veteranos militares nos Estados Unidos revelou que pacientes que tomavam medicamentos GLP-1, como Ozempic, Wegovy e Mounjaro, tinham 12% menos probabilidade de desenvolver a doença de Alzheimer em comparação com aqueles que usavam tratamentos antidiabéticos mais antigos.
Embora esses resultados sejam promissores, especialistas alertam que os estudos são observacionais e não estabelecem uma relação de causa e efeito. Portanto, são necessárias mais pesquisas para confirmar esses achados e entender os mecanismos pelos quais esses medicamentos podem influenciar o risco de Alzheimer. É importante que o uso desses medicamentos seja sempre realizado sob supervisão médica, considerando os potenciais benefícios e riscos associados.
Em suma, embora as evidências iniciais sugiram que medicamentos como Ozempic e Mounjaro possam oferecer benefícios além do controle glicêmico e da perda de peso, incluindo a potencial redução do risco de Alzheimer, é fundamental aguardar por estudos adicionais para confirmar esses efeitos e determinar as diretrizes apropriadas para seu uso nesse contexto.
