Na manhã desta quarta-feira, 13, durante uma coletiva de imprensa, Roseane Rodrigues, irmã do advogado José Leal de Souza Rodrigues Júnior, assassinado em setembro, emocionou-se ao compartilhar detalhes sobre o caso e agradeceu à Polícia Civil de Sergipe pelo empenho nas investigações. Roseane também criticou o comportamento da viúva de seu irmão, descrevendo atitudes que causaram estranheza e revolta à família.
José Leal foi morto em uma emboscada no dia 18 de setembro, quando estava com seu filho. Segundo Roseane, o advogado morreu de forma brutal. “Meu irmão morreu numa emboscada. Ele morreu sangrando pelo pescoço, no colo do filho, e nunca suspeitou que algo assim pudesse acontecer, muito menos vindo de dentro da própria casa”, relatou a irmã, visivelmente abalada.
Roseane revelou aspectos do comportamento da viúva logo após o crime que, segundo ela, foram incomuns. “Ela não participou do sepultamento. Logo depois foi ao cabeleireiro. É uma cidade pequena, todo mundo acaba sabendo”, disse. Três dias após o assassinato, Roseane foi à casa de José Leal para buscar roupas para o sobrinho, que estava hospitalizado após ser atingido durante a emboscada. Ao chegar, encontrou a empregada da família separando os pertences do advogado para serem doados, por decisão da viúva.
“Ela contratou uma empresa para lavar sofás e cadeiras, tentando tirar o cheiro do meu irmão da casa. Soube também que ela alugou uma casa de praia. Esse não é o comportamento de uma viúva”, desabafou Roseane, demonstrando incredulidade.
A irmã da vítima expressou gratidão às autoridades pelo progresso nas investigações. “A polícia de Sergipe nos mostrou que a violência e o crime têm sim uma punição. Eu só tenho a agradecer pelo trabalho realizado. Meu desejo agora é que a justiça seja feita”, afirmou, confiante de que os envolvidos serão levados à justiça.
A Polícia Civil já efetuou a prisão da esposa, da amiga e da secretária da esposa de José Leal, todas acusadas de participação no homicídio. As investigações apontaram que o trio estava envolvido no planejamento do crime. As prisões foram realizadas após a coleta de provas e depoimentos, e a polícia segue trabalhando para esclarecer todos os detalhes do caso.
O processo de investigação continua, e a família aguarda que a justiça seja feita, garantindo que todos os responsáveis sejam devidamente punidos.