O presidente da Argentina, Javier Milei, voltou a ameaçar a saída do Mercosul durante a abertura do Congresso argentino em 2025, realizada neste sábado (1º). Em seu discurso, Milei criticou o bloco econômico, afirmando que ele beneficiou apenas os “grandes industriais brasileiros” e contribuiu para o “empobrecimento dos argentinos”.
Críticas ao Mercosul
Milei afirmou que o Mercosul, que reúne Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela, não trouxe benefícios para a Argentina. “A única coisa que o Mercosul conseguiu desde a sua criação é enriquecer os grandes industriais brasileiros às custas do empobrecimento dos argentinos”, declarou o presidente.
Ele também defendeu a necessidade de flexibilizar as regras do bloco ou mesmo sair dele para que a Argentina possa fechar um acordo comercial com os Estados Unidos.
Acordo com os EUA
Milei destacou que a Argentina tem uma “oportunidade histórica” de estabelecer um acordo comercial com os EUA, país com o qual mantém relações próximas, especialmente com o presidente Donald Trump, aliado do líder argentino.
“Para aproveitar esta oportunidade histórica que nos é apresentada novamente, é necessário estar disposto a flexibilizar ou mesmo, se for o caso, sair do Mercosul”, afirmou Milei.
Contexto político
As declarações de Milei refletem sua visão liberal e crítica em relação aos acordos regionais, que ele considera burocráticos e pouco eficientes. Desde que assumiu a presidência, Milei tem defendido uma política externa mais alinhada com os EUA e outros países fora da América do Sul.
Reações
A possível saída da Argentina do Mercosul pode gerar tensões com os outros países do bloco, especialmente o Brasil, maior economia da região. Especialistas alertam que a medida pode impactar negativamente o comércio regional e a integração econômica na América do Sul.
Enquanto isso, Milei segue firme em sua agenda de reformas e busca alternativas para fortalecer a economia argentina, mesmo que isso signifique romper com tradicionais parcerias regionais.