Atacante do Flamengo é acusado de forçar cartão amarelo para favorecer apostadores; investigação também envolve familiares
O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, deve ser denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pelo crime de fraude em competição esportiva. A acusação está relacionada a um suposto esquema de manipulação no Campeonato Brasileiro de 2023, durante partida contra o Santos, realizada no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
A investigação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em parceria com a Polícia Federal, concluiu que Bruno Henrique teria forçado o recebimento de um cartão amarelo com o objetivo de beneficiar apostadores. O episódio ocorreu em novembro do ano passado.
Segundo fontes do MPDFT, a denúncia ainda não foi formalmente apresentada, mas deve ser protocolada em breve, seguindo o entendimento da Polícia Federal sobre a existência de fraude na competição.
As apurações incluíram a análise de mais de quatro mil mensagens trocadas entre o jogador e familiares, nas quais, de acordo com os investigadores, ficou evidenciado que o cartão foi intencionalmente provocado.
Bruno Henrique foi indiciado com base no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que trata da manipulação de resultados esportivos. A legislação prevê pena de dois a seis anos de reclusão, além de multa.
Além do jogador, outras nove pessoas também foram indiciadas, entre elas familiares próximos — incluindo o irmão, a cunhada e uma prima.
O Flamengo ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
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