O encontro que aconteceu num restaurante de comida Italiana na zona sul de Aracaju
Uma noite de partilha e troca de experiências entre mulheres de carreira jurídica, seus desafios, dificuldades, aprendizados e casos de violência processual e assédio. Assim foi parte da noite desta quinta-feira, 5, promovida pela Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ/SE). O encontro que aconteceu num restaurante de comida Italiana na zona sul de Aracaju, também foi ocasião para confraternização natalina e posse solene das novas associadas.
“Essa noite também fizemos a apresentação da Comissão Histórica em celebração aos 40 anos da ABMCJ nacional e aos 35 anos da implantação da ABMCJ em Sergipe, mulheres que foram pioneiras e vanguardistas no fortalecimento e defesa dos direitos das mulheres, a exemplo da saudosa memória da Dra Arlene Chagas (primeira presidente); Dra Josefa Paixão (vice-presidente); e da Dra Jane Nascimento (secretaria geral) . É uma alegria poder contar neste momento com a presença da presidente da ABMCJ nacional, que também presidente a Federação Internacional de Mulheres de Carreira Jurídica, a doutora Manoela Gonçalves”, destacou Ana Lúcia Aguiar, presidente da ABMCJ/SE.
A celebração foi momento de reflexão para as mulheres de carreira jurídica. A advogada Luísa Brito, que trabalha exclusivamente em causas para mulheres, falou sobre a violência de gênero sentida pelas mulheres advogadas e também demais profissionais de carreira jurídica no exercício das suas respectivas funções.
“Enfrentamos inúmeros desafios, extrínsecos e intrínsecos, que passam por questões relacionadas a desigualdade salarial, assédio, etarismo, violência processual, entre outros. Essa é uma noite de refletirmos os nossos papéis e funções enquanto mulheres que defendem e empoderam outras mulheres”, destacou a Dra. Luísa Brito, palestrante da noite.
O livro “Me deixe” organizado pela professora e doutora da Universidade Federal de Sergipe, Patrícia Rosalba, que coordena o grupo de pesquisa Xique-xique que estuda sobre questões de gênero e sexualidade, também foi apresentado no encontro da ABMCJ/SE.
“A ideia do aplicativo que inspira o livro, surgiu durante a época da pandemia, quando muitas mulheres se viram trancadas dentro de casa com seus agressores. Foi aí que surgiu o objetivo de criar este aplicativo com a funcionalidade de permitir que as vítimas de violência tenham em mãos uma forma de denunciar seus algozes de maneira rápida e segura”, explicou a pesquisadora.
A presidente Nacional da Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ) e da Federação Internacional (FIFCJ), Manoela Gonçalves, destacou a satisfação de participar desta confraternização. “Uma noite para ficar na memória, de falas de empatia, construção e fortalecimento da nossa história enquanto mulheres. Participar do ato de posse das novas associadas da ABMCJ em Sergipe também foi motivo de muito orgulho para mim, enquanto diretora nacional desta associação. Temos que acreditar na nossa potência e nos espelharmos uma nas outras para a construção de uma sociedade mais justa, humana e fraterna”, disse Manoela Gonçalves.