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Musculação pode proteger o cérebro e prevenir a demência, aponta estudo

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Especialistas destacam os benefícios dos exercícios de resistência para a saúde cerebral e a prevenção do Alzheimer

Você sabia que levantar pesos pode fazer bem não só para os músculos, mas também para o cérebro? Um estudo recente, publicado na revista NeuroImage: Clinical, revelou que a musculação pode ser uma grande aliada na prevenção da demência, incluindo o Alzheimer. Pesquisadores da área de neurociência e geriatria analisaram como os exercícios de resistência influenciam diretamente a estrutura e a função cerebral em idosos. O resultado? Quem treina com regularidade tem mais chances de preservar a memória e a capacidade de raciocínio à medida que envelhece.

A musculação pode ser uma poderosa aliada da saúde cerebral, especialmente na prevenção da demência e do Alzheimer. De acordo com o Dr. Carlos Henrique Tavares de Albuquerque, geriatra do Hospital Santa Joana Recife, da Rede Américas, o treino de força promove o aumento de substâncias naturais que funcionam como “matéria-prima” para o cérebro e ajudam na regeneração dos neurônios, além de melhorar a conexão entre eles, principalmente em uma área chamada hipocampo, essencial para a memória. Além disso, ele reduz a inflamação sistêmica e melhora o controle glicêmico e a sensibilidade à insulina, fatores que estão diretamente associados ao menor risco de declínio cognitivo. 

Estudos já demonstram que idosos que praticam musculação regularmente mantêm melhor função executiva, velocidade de processamento e memória episódica. Ainda segundo o especialista, vários fatores podem acelerar a perda de memória e aumentar o risco de demência, como sedentarismo, sarcopenia, baixo nível educacional, isolamento social, depressão, doenças cardiovasculares e metabólicas, apneia do sono, histórico de traumatismo craniano, tabagismo e consumo excessivo de álcool. “A maioria desses fatores é modificável, o que reforça o papel da prevenção, inclusive com exercícios de força”, ressalta.

Estudos de neuroimagem também confirmam que a musculação protege áreas específicas do cérebro contra a atrofia. “Idosos que fazem musculação de duas a três vezes por semana têm menor perda de volume do hipocampo e maior preservação da substância cinzenta. Isso se traduz em melhor desempenho cognitivo e menor risco de progressão de comprometimento cognitivo leve para demência”, afirma o médico. Ele acrescenta que, embora a musculação ainda não substitua os medicamentos, seus efeitos protetores podem ser comparáveis ou até superiores aos de alguns fármacos em fases iniciais, com o benefício adicional de atuar em múltiplos domínios: físico, funcional e emocional. Sobre os diferentes tipos de exercício, o geriatra destaca que a musculação oferece benefícios únicos. “Ela atua diretamente sobre a massa muscular, força, metabolismo e inflamação, com impacto direto sobre a saúde cerebral. Atividades aeróbicas como caminhada e hidroginástica são ótimas para a vascularização cerebral e o bem-estar, mas não promovem o mesmo ganho de força nem o estímulo anabólico que o treino resistido gera.” Para ele, a melhor estratégia é combinar musculação com exercícios aeróbicos e atividades cognitivamente estimulantes, como dança, jogos mentais ou artes.

Bianca D’Elia, coordenadora técnica da SELFIT Academias, reforça essa visão e destaca a importância do treino de força também do ponto de vista prático: “Temos observado uma transformação real na autoestima, autonomia e na disposição dos alunos idosos. E agora, com essas descobertas científicas, reforçamos ainda mais a importância da musculação como uma ferramenta de saúde cerebral”, afirma. “Na Selfit, trabalhamos com treinos acessíveis e adaptáveis, que respeitam o ritmo e as necessidades de cada faixa etária, inclusive com orientação profissional para garantir segurança e resultados a longo prazo.”, completa. 

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