Hospital de Amor em Lagarto não estaria funcionando por desinteresse do governador de Sergipe, afirma Henrique Prata

A declaração dada em rede nacional não chocou apenas a população sergipana, mas o país inteiro

Redação, 27 de Fevereiro , 2024 - Atualizado em 27 de Fevereiro, 2024

O presidente do Hospital de Câncer de Barretos (SP), Henrique Prata, expôs uma denúncia grave, em rede nacional durante entrevista ao programa Pânico da Jovem Pan FM. Na denúncia, Henrique afirma que o Hospital de Amor do município de Lagarto, não estaria funcionando ainda por desinteresse do governador de Sergipe Fábio Mitidieri.

De acordo com as informações expostas por Henrique, o governador estaria dificultando a operação ao mesmo tempo em que deixa milhares de pessoas prejudicadas pela falta do funcionamento do hospital. Ainda de acordo com ele, o governador teria negado a classificação do Centro de Referência que o Hospital de Amor precisava porque na sua gestão já estaria construindo um outro hospital.

“Eu tive uma audiência há 15 dias atrás com o presidente Lula, porque o Hospital está totalmente pronto e o governo de Sergipe falou ‘nós estamos construindo um, e nós não vamos dar rubrica de centro de referência para esse hospital, porque teremos o nosso daqui a dois anos”, disse. “Eu fui ao presidente Lula, direto no coração dele, e ele falou ‘abre o primeiro hospital interestadual’, e aí quebrou uma norma, quebrou uma regra, porque o pedido para ele ser um serviço público tem que partir do estado”, afirmou Henrique Prata.

Nossa produção entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde do Estado acerca dessas denúncias. Em entrevista ao apresentador Aélio Santos do Jornal da Manhã da FM Itabaiana, o Assessor Edicarlos Queiroz, disse que as narrativas não condizem com a realidade e que tem sido realizada várias reuniões acerca do funcionamento da Unidade.

"Há reuniões semanais constantes com o senhor Juquinha que é representante do Hospital de Amor de Lagarto, essas reuniões são realizadas para discutir a adequação, os padrões sanitários produzidos pela ANVISA, a SES tem se colocado à disposição, para ajudar e para que o Hospital de Lagarto se adeque ao que estabelece a ANVISA, os padrões de segurança, de higiene, de segurança aos pacientes, não é uma exigência do governo de Sergipe, não é uma exigência da secretaria de saúde, mas uma exigência da ANVISA, para que o hospital se adeque ao SUS é preciso que siga uma série de trâmites adequados (...)", disse ele.

O Diretor do Hospital de Amor de Lagarto, Juquinha, também concedeu entrevista ao programa Jornal da Manhã, e disse que há um distanciamento por parte do Governo do Estado e citou também que o secretário de saúde nunca esteve em Lagarto para visitar a obra do Hospital pessoalmente.

"O Hospital de Amor oferece o melhor da oncologia para a população e muitas das vezes existe o dito de que o que é bom só pode chegar se for pago, quando você se propõe a oferecer através do Sistema Único de Saúde aquilo que é bom, de qualidade, há quem busque boicotar isso por outros interesses econômicos de prestadores de serviços ao SUS (...) então, se o SUS é bom ninguém vai precisar vender serviço ao SUS, então há uma dificuldade, estamos prontos pra funcionar", disse Juquinha.

Com a missão de oferecer cuidados médico-hospitalares de alta qualidade em Oncologia, de maneira compassiva, especialmente para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), o Hospital de Amor, integrado à renomada rede do Hospital do Câncer de Barretos, São Paulo, se destaca. Apoiado por programas de prevenção, educação e pesquisa, o hospital visa atender toda a região Nordeste do Brasil após sua conclusão. Com uma capacidade para até 1.000 casos por semana, seu custo de manutenção mensal aproximado é de R$ 20 milhões.


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