Educação e planejamento contribuem para uma maior autonomia financeira

Redação, 28 de Fevereiro , 2024

Por meio dos blogs e das redes sociais, muitos influenciadores vêm difundindo os conceitos de independência financeira e liberdade financeira, conceitos segundo os quais uma pessoa pode viver da própria renda e usá-la como bem entender. São duas situações distintas: enquanto a independência é quando o patrimônio da pessoa gera renda suficiente para que ela não precise trabalhar, a liberdade é a pessoa ter o controle dos gastos e das rendas para melhor planejar a vida financeira. 


Ambos os conceitos têm um sentido em comum e exigem estratégias de planejamento e organização. Isso passa por uma maior assimilação das noções de educação financeira, que passa a ser mais entendido como uma grande mudança de comportamento das pessoas em relação ao próprio dinheiro. “Toda essa visualização da educação financeira é um estudo, é uma mudança de mentalidade e de postura frente às decisões e atitudes que vão definir como gastar o dinheiro ou não”, define a professora Flávia Karla Gonçalves, dos cursos de Administração e Ciências Contábeis da Universidade Tiradentes (Unit). 

A educação financeira e o planejamento para a estabilidade são noções que vêm sendo cada vez mais trabalhadas entre adultos e idosos, que têm buscado estas informações para quitar dívidas, melhorar a renda e garantir uma aposentadoria com maior conforto. Na visão de Flávia, esse planejamento financeiro é essencial para qualquer idade, mas, inicialmente, essa ideia precisa ser mais disseminada entre os mais jovens e até mesmo nas famílias, inclusive com o uso de mesadas e recompensas por pequenas tarefas. 

“A gente até aconselha os filhos, desde pequenos, para que já comecem a ter ideia e noção do valor do dinheiro. Não tem idade pra começar essa educação financeira, mas quanto antes, melhor, porque a pessoa já vai com a ideia de começar a se planejar para poder ter o controle desse dinheiro”, diz Flávia.

Tanto a liberdade quanto a independência financeira são construídas a médio e longo prazo, a partir do planejamento adequado das próprias finanças. Isso consiste em entender como é a sua renda mensal, controlar o andamento das receitas e despesas, e a partir daí, traçar metas para si, como comprar uma casa ou um carro, fazer uma viagem, abrir um negócio próprio, cursar uma faculdade, fazer um concurso público ou progredir na carreira profissional. “Tanto no tempo atual, para a pessoa verificar quanto vai gastar e quanto pode; quanto no tempo futuro, para se planejar onde ela quer chegar, e com o quê . Então, se a pessoa não se planejar, não determinar metas, ela não vai conseguir ter aquele valor guardado”, orienta a professora da Unit. 

Uma das recomendações mais feitas para o planejamento e o controle dos gastos domésticos é o uso consciente do cartão de crédito, que não deve ser utilizado como extensão de renda. Em contrapartida, deve-se reservar uma parte da renda mensal para a formação de uma reserva a ser usada em situações de emergência, como doença, desemprego ou desastres. Além de poupar uma parte do dinheiro, outras pessoas optam por buscar uma fonte de renda extra, oferecendo a venda de um produto ou serviço. E este acréscimo deve ser guardado em poupanças ou outras fontes de investimento que rendam juros e correções monetárias. “São decisões que podem ser tomadas, e isso em qualquer idade, frente ao dinheiro que a gente tem para poder controlar esses gastos, conseguir atingir objetivos e as metas que a pessoa quer, o sonho que aquela pessoa almeja”, conclui Flávia Karla. 


Asscom Unit


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