Saúde alerta população para os cuidados com focos do mosquito Aedes aegypti

Redação, 16 de Março , 2024 - Atualizado em 16 de Março, 2024

Os casos da dengue estão em espiral crescente em Sergipe. Com isso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e as Secretarias Municipais de Saúde (SMS), seguem intensificando as ações de mobilização e prevenção nos 75 municípios do estado. Assim, foi pensado o segundo ‘Dia D’, realizado na manhã deste sábado, 16, no bairro Treze de Julho, nas imediações do Estádio Estadual Lourival Baptista, conhecido como Arena Batistão, onde foram registrados altos índices de infestação do Aedes aegypti. Os agentes de endemias em conjunto com a população fizeram visitas nas residências para a identificação de focos e tratamento de criadouros do mosquito.

Na ação, além da presença dos agentes de endemias, que realizaram visitas nas residências para a identificação de focos, a Defesa Civil esteve presente mapeando os criadouros, enquanto os agentes da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) fizeram a parte da limpeza, capinação, roçagem mecanizada e coleta de resíduos descartados incorretamente em terrenos baldios e vias públicas da localidade. 

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Walter Pinheiro, para que a prevenção aconteça, é necessário que todos estejam em parceria. “Essa força-tarefa é muito motivada pelo cenário nacional de epidemia, que esse ano veio numa forma bastante impactante, com muitos casos notificados em estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Então, para evitarmos que essa crise chegue em nosso estado, estamos promovendo ações de mobilização. Hoje, foram mapeados com drones, possíveis locais de criadouros, e os agentes de saúde visitaram essas localidades, com a possibilidade de notificar e tratar esses possíveis focos”, pontuou. 

 É necessário que a população se preocupe com a manutenção dos cuidados preventivos às arboviroses, cujo vetor, o Aedes aegypti, que se multiplica na água. Segundo o diretor de Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio Góes, de 1º de janeiro até 07 de março de 2024, foram notificados  2.146 casos de dengue, e destes, 179 foram confirmados para a doença. “A população também precisa colaborar. O mosquito, da sua fase de ovo até a sua fase de larva, leva em temperatura normal, de sete a dez dias. Mas, com o período de calor associado às chuvas, em sete dias, ele já está adulto. O aumento significativo no número de vetor e de municípios infestados deve-se a esse fato, então é importante que a população também fique alerta, para que nos ajude nesse trabalho de controle, pois a visita do agente passa, e a população precisa continuar com as medidas preventivas”, concluiu Marco Aurélio. 

 Mobilização

 O aposentando José Avelar Fernandes Feitosa, de 76 anos, se preocupa com a situação atual e alerta que a população precisa tomar cuidado. “Impressionante, não é uma doença dos dias atuais, mas ainda nos causa muito medo, por isso, precisamos nos alertar. Os agentes fazem a parte deles, mas nós também precisamos colaborar. Eu particularmente estou em estado de alerta, sempre observando os focos, se eu vejo alguma água parada, eu descarto. Estou muito feliz com essa ação,  que não é sobre apenas lançar a campanha, mas fazer com que a mobilização de fato aconteça”, alertou.

 No interior do estado, os municípios de Indiaroba, Salgado, Nossa Senhora do Socorro, Campo do Brito, Aquidabã, Neópolis, Propriá e Santa Luzia do Itanhi e entre outros, promoveram rodas de conversa com informações relevantes para o enfrentamento das arboviroses em escolas, além de realizarem capacitações e mobilizações de limpeza com os agentes comunitários de saúde. 

 Dicas de combate

 Água limpa e parada é o ambiente ideal para a reprodução do mosquito da dengue e a melhor maneira de combater a doença é evitando a reprodução do mosquito. Assim, recomenda-se o cuidado com acúmulo de água em vasos de plantas, em pneus, garrafas e outros utensílios, atenção nos ralos, limpar calhas, colocar telas em janelas, cuidado com piscinas, lagos caseiros e aquários, abrir portas e janelas quando o carro fumacê estiver passando, lavar recipientes que juntam água, paredes de lavanderias e tanques com sabão e usar repelente.

 A contadora Nadja Freitas de Oliveira, de 49 anos,  cultiva várias plantas, mas ressaltou que presta bastante cuidado nos vasos. “Eu não vivo sem as minhas plantinhas, mas sei do risco que o acúmulo de água nelas podem causar. Por isso, comprei uma terra e coloquei em cada caquinho para que esses mosquitos não venham a se reproduzir. É importante também deixar as plantas em um local que tenha bastante ventilação para não ocorrer a proliferação”, disse Nadja.

Por: ASN


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