Preparo e habilidades socioemocionais ajudam a diferenciar profissionais do Direito

Redação, 25 de Março , 2024

O curso de Direito é um dos mais procurados e concorridos pelos estudantes que ingressam no ensino superior brasileiro. no Brasil. Historicamente, a área jurídica sempre apareceu entre os cursos com maior número de inscritos nos vestibulares e nos processos seletivos baseados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Isso faz com que a concorrência do mercado de trabalho esteja cada vez mais acirrada. Estimativas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) apontam que o país tem hoje mais de 1,4 milhão de advogados credenciados, o que perfaz uma média de um profissional para 164 habitantes, superando países como Índia, Argentina, Estados Unidos e os da União Europeia. 

Muitos dos que entram para a área de Direito são atraídos pela atuação na advocacia, área na qual eles podem atuar de forma autônoma ou em sociedade com outros profissionais da área, e nas mais diversas especialidades. A exigência obrigatória para atuar como advogado é ser aprovado no Exame de Ordem da OAB e registrado oficialmente em uma seccional da entidade. Fora da advocacia, o bacharel pode atuar como assistente, correspondente ou auxiliar jurídico dos escritórios de advocacia e departamentos jurídicos de empresas privadas. Ou mesmo como pesquisador e professor em faculdades ou universidades. 

Outro atrativo ainda maior está nas carreiras jurídicas do serviço público, cujo ingresso se dá através de concursos públicos. São cargos como os de procuradores do Estado, do Município e da União, magistrados (sobretudo juízes), delegados de polícia, promotores de Justiça, defensores públicos, analistas e assessores técnicos de tribunais, os quais oferecem altos salários, estabilidade e independência funcional. 

De acordo com a professora Normandia de Jesus Brayner, coordenadora operacional do curso de Direito da Universidade Tiradentes (Unit), o ingresso nessas carreiras públicas exige um maior e melhor preparo para a aprovação nos concursos públicos. “Sempre vai ter vaga nos concursos públicos para aquele profissional ou estudante que que se capacita e se dedica. Todo aquele profissional que se dedica não deve ter medo dos desafios que surgem, porque ele é uma pessoa que vai estar preparada para eles”, diz ela. 

A mesma lógica vale para o estudante de Direito que busca se inserir e se firmar em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo. Tal preparação passa não apenas pelas competências técnicas e pelos conhecimentos jurídicos, mas também pelo desenvolvimento de habilidades socioemocionais. “O profissional deve ter inteligência emocional para lidar com determinadas situações sem perder seu equilíbrio. Quando você desenvolve as competências técnicas, mas também se preocupa em desenvolver as competências socioemocionais, você acaba sendo um profissional diferenciado no mercado, porque consegue equilibrar o seu conhecimento técnico com a sua capacidade pessoal de superar desafios”, afirma Normandia. 

Projetos e desafios reais

Uma das formas de desenvolver competências nos futuros profissionais é envolvê-los na execução de projetos e na resolução de questões e problemas reais. Este é o espírito do Projeto Inova Tiradentes, desenvolvido desde o ano passado pela Unit e no qual o curso de Direito também está inserido. Nesta modalidade, o curso está 100% formatado sob a metodologia PBL (Project-Based Learning, ou Aprendizagem Baseada em Projetos), na qual professores e estudantes aprendem o conteúdo programado através de projetos com a comunidade externa, que atendam a demandas de parceiros da Unit, como empresas, comunidades e instituições como Fundação Renascer, Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), Ministério Público de Sergipe (MPSE) e Tribunal de Contas do Estado (TCE/SE). 

“Os projetos que são desenvolvidos em sala de aula. O aluno aprende o que está no cronograma do curso, mas já aplica diretamente o que vai aprender a desenvolver. E no final dessa disciplina, ele entrega um projeto pronto voltado à prática efetiva daquilo que aprendeu”, resume Normandia, citando como exemplo a participação supervisionada de estudantes em procedimentos judiciais de atendimento ao público. “Um aluno de Direito do segundo período, dentro da metodologia do projeto Inova, já consegue fazer uma audiência de conciliação, porque existem projetos voltados a exercitar práticas de oratória, de desenvolvimento, de conhecimento e de técnicas de mediação de conflitos”, completa. 

A professora se referiu a uma série de desafios da sociedade, com os quais cada aluno de Direito deve lidar. São questões como letramento racial, direitos dos moradores de rua e direitos da comunidade LGBTQIAPN+, entre outras. “São demandas que fazem parte de uma completude que hoje o estudante de direito necessita para se desenvolver enquanto profissional, diante dos novos desafios da sociedade”, expõe Normandia. 


Asscom Unit


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