UFS condenada por transfobia: Estudante travesti será indenizada por uso do 'nome morto”

Redação, 23 de Abril , 2024

Na última segunda-feira (22), foi divulgado que a Universidade Federal de Sergipe (UFS) foi condenada pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) a indenizar a estudante Brunna Nunes Barros por um caso de transfobia. A UFS deverá pagar uma indenização de R$7 mil por danos morais à aluna.

Foto: Reprodução redes sociais 

 

Brunna, de 25 anos e estudante do curso de design na instituição, se identifica como travesti e modificou seu nome civil para o feminino três anos antes de entrar na universidade. No entanto, ela relatou ter sido constantemente chamada pelo seu "nome morto" em e-mails enviados pela UFS e foi solicitado a ela que apresentasse documentos antigos para manter sua vaga.

"Fiquei revoltada, falei que na lista de aprovação estava Brunna, então por que eu teria que enviar documentos antigos, já que fui aprovada como Brunna? Sentia uma mistura de raiva e tristeza, porque eu esperava sofrer transfobia na sala de aula, mas já estava ocorrendo um horror antes mesmo de começar a estudar", desabafou Brunna.

Além disso, a defesa da estudante acusou a administração da universidade de ter alterado manualmente seu nome para o masculino no sistema.

A UFS, por sua vez, afirmou que ainda não foi oficialmente notificada sobre a decisão do TRF5, mas informou que já realizou uma revisão completa para retirar definitivamente o "nome morto" de todos os sistemas digitais. A instituição também adotou novos padrões de atualização de dados pessoais, incluindo o uso do nome social.


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