Pesquisa aponta crescimento de 74% no interesse por cursos de pós no Brasil
Desde 2016, estudantes brasileiros buscam mais especialização em cursos superiores, é o que indica uma pesquisa divulgada pelo Instituto do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp). Os dados indicam um crescimento de 74% dos frequentadores de cursos de pós-graduação, sendo que a rede particular aumentou 80% contra 41% nas instituições públicas.
A maior parte dos alunos de especialização frequenta cursos na modalidade presencial (68%). No entanto, a modalidade de pós-graduação a distância (EAD) está ganhando espaço: no período de 2016 a 2018, o número de alunos aumentou 125% e, em 2018, sua participação já representava um a cada três alunos.
"Quando há crise econômica as pessoas estão preocupadas com a empregabilidade, o desempregado faz a especialização para se recolocar no mercado de trabalho", afirma Rodrigo Campelato, diretor executivo do Semesp.
O Brasil conta atualmente com duas mil instituições ofertando pós-graduação presencial ou na modalidade EaD, sendo que 91% são particulares.
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Em 2019, aproximadamente 45% dos alunos que frequentam um curso de especialização de nível superior têm idade entre 25 a 34 anos. Nos anos 2016 a 2019 é possível verificar um leve aumento na idade média dos matriculados, de 34 para 35 anos. Na modalidade EAD, a média de idade dos alunos é de 36 anos, um pouco superior em relação aos alunos no presencial (34 anos).
"O EAD na pós-graduação cresceu a oferta e ele se encaixa melhor ainda na pós porque é um público mais velho, na faixa de 30 anos ou mais. Esse também foi um impulsionador para o crescimento", analisou Capelato.
Salário médio
Outra informação relevante levantada pela pesquisa Semesp é sobre o rendimento médio do pós-graduado no Brasil. O levantamento aponta que o salário médio mensal é de R$ 4.600, o valor é 150% superior ao resultado dos trabalhadores que fizeram apenas a graduação.
O comparativo entre pós-graduação nas redes públicas e privadas mostrou ainda uma grande diferença. Aqueles que fizeram o curso em instituições públicas estão com rendimento médio de R$ 3.700, já os estudantes das redes particulares conquistam uma média de R$ 4.800 mensais.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Semesp (https://www.semesp.org.br/) com base nos dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Dados) divulgados pelo IBGE, referentes ao segundo trimestre dos anos 2016 a 2019. Também foram consideradas informações contidas no site do e-MEC e no Guia do MBA 2019 do Estadão.
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