Pelo Covid-19, nem falecer nem falir ( por Juliano César )

Juliano Cesar Faria Souto

Redação, 29 de Março , 2020 - Atualizado em 29 de Março, 2020


Gostaria de dar aqui um depoimento pessoal. Estava em férias com a família em Roma no período de 22 a 29 fevereiro e vivi uma cidade que “apostou” que o “corona”, que tinha iniciado há uma semana em Milão e região, não chegaria e estava deslumbrante e alegre. Tudo cheio.

Hoje, sabemos: deu no que deu. Ao retornar ao Brasil, observei, com certo espanto, que havia uma preocupação e que medidas preventivas estavam sendo tomadas.

Isso sinalizava que, através da liderança competente do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, nosso país fosse trilhar por um caminho fundamentado na ciência e, especialmente, ajustando suas políticas de saúde e mitigação de danos econômicos nas experiências exitosas dos outros países.

Em Sergipe, como um membro convidado do Condem - Conselho de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Aracaju -, pude certificar que existe um plano bem estruturado e diálogo com lideranças para que as medidas fossem compartilhadas. Para espanto geral, de um momento para o outro estamos assistindo a uma escalada de aberrações. Quais são?

Uma - O nosso presidente fala em “gripezinha”, diz que a CLT manda que estados e municípios paguem os salários dos empregados das empresas privadas etc.

Duas - O que era para ser uma reunião de alinhamento entre o Governo Federal e os Estaduais, vira um palanque político eletrônico.

Três - A transferência de responsabilidade e interferência em atos entre os diversos níveis de poder.

Quatro - Membros do próprio Governo nacional cada um com ações e opiniões diferentes.

Cinco - Uma profusão de decretos e medidas, alguns até justos, mas sem qualquer diálogo com a sociedade.

Seis - Anúncios de medidas pirotécnicas, ou no mínimo inacabadas, que não são implementadas, muitas canceladas e nenhuma até o momento efetivada.

Sete - Um total desencontro entre as informações científicas e as atitudes práticas.

Oito - Carreatas, guerra nos grupos de zap, medidas judiciais contra ou a favor do isolamento social e do fechamento dos negócios. Enfim, um verdadeiro e indesejável Fla-Flu. Como pano de fundo de tudo isso, perplexidade e temor generalizado.

Mas, mesmo apesar de tudo, tenho esperança sim. Vi, na noite da última quinta-feira, 27, o “explosivo” e competente ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, prestar um esclarecimento à nação, desta vez técnico, com anúncio claro de medidas mitigadoras das consequências econômicas nas pessoas e nas empresas.

Em Sergipe, também como um convidado, vi o deputado federal Laércio Oliveira reunir mais 20 lideranças empresariais para formatar um plano emergencial e agendar reabertura de diálogo com os Governo de Sergipe e de Aracaju.

Esperamos que, a partir desta próxima segunda-feira, 30, os empresários e a população brasileira possam, ao ligar a televisão - o Jornal Nacional voltou a ser atividade obrigatória -, e ao acessar as redes sociais ser bombardeados pela efetivação das medidas já anunciadas e outras tantas que se fazem necessárias.

Porque nestas semanas vindouras teremos folha de pagamento, fatura de cartão de crédito, fornecedores impacientes pelo pagamento dos boletos, mensalidades das crianças nas escolas, compras no supermercado para fazer, IPTU, ICMS, INSS etc., e tudo isto, obviamente, só se revolve com dinheiro.

E, para dinheiro, só tem e duas fontes: da retomada com segurança de nossas atividades econômicas, ou ser ressarcido pelo erário público. Assim, cabe a nós cidadãos tentarmos, cada um a seu modo, demonstrar que o momento é de união e, corretamente colocar a saúde das pessoas em primeiro lugar, mas, por certo, haveremos de ter urgentemente um conjunto de medidas efetivas.

Não bastam só os anúncios dessas medidas. Precisamos de apoio para nossas empresas e para os empregos ou renda informal, pois entre falecer ou falir, esperamos que nenhuma das duas opções prevaleça nem nos alcance.

Por fim, nós brasileiros esperamos contar com lideranças sensatas, competentes e comprometidas com o bem-comum pois, como dizem os mais antigos, são nas tormentas que conhecemos o verdadeiro capitão que nos conduz a um porto seguro ou o pirata cujo objetivo é assaltar o porto mais próximo – as eleições 2022. Mas, com fé em Deus, tudo vai se ajustar.

[*] É empresário e mantenedor do Grupo Fasouto, genuinamente sergipano.

 

Por: Jozailton Lima / jlpolitica.com.br


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