Agricultores temem perda total de plantações em Itabaiana por irresponsabilidade da Cohidro

Há mais de 60 dias sem bomba de irrigação, a única coisa que chega para os trabalhadores rurais são as contas de água para pagar

Redação, 14 de Outubro , 2020

Todo o plantio feito no Povoado Lagoa do Forno, no município de Itabaiana, foi prejudicado devido à falta de reparos por parte da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro.

Há mais de 60 dias, os agricultores estão sem água para irrigação por causa de uma bomba que até o momento não foi consertada pela responsável. O verão se aproxima e os trabalhadores temem a perda total da produção. “Estamos nessa situação difícil porque os trabalhadores da Cohidro ficam só entocados, não saem para trabalhar. Se saíssem, tínhamos assistência. A gente está tudo no prejuízo. Há 60 dias era pra consertar uma bomba e não consertaram”, conta o agricultor Edimilson ao repórter João Menezes da FM Itabaiana 93.1.

Eles também reclamam que mesmo com a falta de água as contas continuam chegando. “Não está havendo água, mas as contas estão chegando normalmente e nós não temos dinheiro para pagar, e estão vindo cada vez mais altas. A equipe da Cohidro deve se organizar mais, sair no campo, olhar o que está faltando, tem água em uns lugares e não tem em outros. Estamos sofrendo, perdendo as plantas todas. Nós dependemos disso. Essas verduras vão para a mesa de todos, inclusive dos ricos, e a verdura precisa de água e, principalmente, de organização. Tinha 150 mil reais pra sair, não sei se saiu, pra investir no projeto da água, e tem bomba parada”, denuncia o agricultor Esmael.

Sem condições financeiras, os trabalhadores ficam de mãos atadas aguardando a Companhia. “Está difícil. Plantei um amendoim e não nasceu sem água. Tem que resolver. O que eu tinha pra investir já investi, agora estou esperando a boa vontade da Cohidro”, diz o agricultor Tonho do queijo. “Um saco de adubo e trabalhador é meio mundo de dinheiro. Meu terreno é uma tarefa e meia e chega talão para pagar de 241 reais e tem sítio aqui maior que o meu com o mesmo preço. Se não tem a água como vamos pagar os talões?”, pergunta o agricultor Valmir.

O agricultor Lucivaldo fala que a situação é corriqueira e que ao procurarem a Cohidro são mal recebidos. “Todo ano é essa mesma coisa. Todo ano eles têm uma desculpa e não resolvem nada. E se não pagar o talão tem juros! A gente chega lá, ninguém nos dá atenção. Ninguém sabe de nada lá dentro, e a gente volta com a cara de palhaço pra casa, chorando. Todo mundo aqui perdeu alface, e agora, quem vai pagar as contas?!” questiona.

 

 

 

 

 


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