Naufrágio de catamarã em Sergipe: denúncia aponta que governo do Estado contratou empresas sem licitação

Gestor de pesca diz que catamarãs, patrimônio do Estado, estão sem fiscalização

Redação, 29 de Outubro , 2020 - Atualizado em 29 de Outubro, 2020

Após o afundamento de um catamarã de turismo no Rio Sergipe, dia 11 de outubro, surgiram denúncias de que o melhor e mais caro equipamento turístico de Aracaju com valor de compra na época de U$ 250.000,00 (dinheiro do Prodetur), ou seja, todo financiado com dinheiro público, foi dado como cortesia para uma empresa particular administrar sem que passasse por processo licitatório.

Ainda segundo denúncias, essa mesma empresa administra mais dois outros catamarãs públicos: o do Mangue Seco e o da Foz do São Francisco. “Deveria a Emsetur fazer uma vistoria no seu patrimônio e mostrar à sociedade que esses outros catamarãs também não estão sendo negligenciados por essa empresa, e se não oferecem nenhum perigo aos turistas; além de outros três que estão com outra empresa, também agraciada pelo Estado”, alerta o administrador e gestor de pesca, Humberto Eng - o primeiro como empresa a administrar (via licitação em 1991) o referido catamarã Parnamirim.

De acordo com Humberto Eng, o governo de Sergipe é ainda hoje proprietário de seis catamarãs espalhados pelo estado e entregues a empresas - proprietárias de escunas e catamarãs particulares -, que nunca participaram de uma licitação para administrar patrimônio público. “Não se admite que o dinheiro público seja usado por empresas amigas de gestores e tendo suas beneficias na corte. Essas empresas mostraram que os catamarãs de propriedade do estado não recebem a devida manutenção e zelo pela coisa pública”, acrescenta o gestor de pesca reforçando que ainda há mais cinco catamarãs sem fiscalização e sem contrato, quando os mesmos deveriam ser licitados há mais de 10 anos.

“Onde está a fiscalização do Ministério Público e da Secretaria de Estado do Turismo? Por que e para que o estado necessita ser proprietário desses barcos hoje? Por que não passá-los de vez para a iniciativa privada através de leilão e usar o dinheiro arrecadado para promover e divulgar o turismo náutico de Sergipe?” questiona.

A sociedade sergipana espera, principalmente, que vidas não sejam colocadas em jogo.

Parnamirim

O Catamarã Parnamirim estava ancorado às margens do Rio Sergipe nas proximidades do Iate Clube de Aracaju e ficou adernado (inclinado), com um de seus flutuadores alagado. Na época do incidente, a empresa de turismo responsável pelo veículo fluvial disse que iria realizar os reparos para retomar as atividades do meio de transporte. Já a Capitania dos Portos de Sergipe, falou que abriria inquérito para investigar as causas do afundamento e que não houve vítimas nem vazamento de óleo ou combustível no Rio Sergipe.


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