Emdagro mapeia impactos da pandemia nos agricultores

O objetivo é contribuir para a formulação de ações que possam minimizar os prejuízos sociais e econômicos entre as populações rurais

Redação, 28 de Dezembro , 2020

A pandemia de Covid-19 tem gerado consequências para todos os setores da economia, e apesar do bom ritmo de recuperação que vem evidenciando a força da agropecuária, impactos também foram registrados entre as populações rurais. E Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), entidade de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), Pesquisa, Defesa Agropecuária e Ações Fundiárias ligada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), foi a campo mapear os efeitos da pandemia no cotidiano dos agricultores assistidos, a fim de contribuir para a formulação de ações que possam minimizar os prejuízos sociais e econômicos para esse público, e adequar os serviços de Ater a essas novas necessidades.

A pesquisa foi realizada, no período de agosto a setembro deste ano, com 630 agricultores familiares escolhidos aleatoriamente em 324 comunidades rurais de 51 municípios sergipanos, que responderam à sondagem presencialmente nos escritórios da Emdagro ou por telefone. Do perfil do público assistido pesquisado, 68,9% se declararam do sexo masculino e 31,1% do sexo feminino, de faixa etária entre 20 e 49 anos (61%), o que demonstra ser constituído por jovens e adultos com largo potencial para desenvolvimento de suas atividades. Em maioria, são autônomos (79,5 %), sendo que os demais se classificam como cooperados (3%), associados (15%) ou assentados de reforma agrária (2,4%), caracterizando baixa participação nas organizações.

O diagnóstico verificou também o sistema de produção dos agricultores: 92,5% dos entrevistados disseram produzir de forma convencional; 4,6% de forma orgânica (certificada) e 2,9% de forma agroecológica - 7,5% dos agricultores familiares adotam o Sistema de Produção Orgânico ou Agroecológico. Quanto à comercialização, a pesquisa identificou aumento do comércio realizado na propriedade rural (24,7%), como também para os intermediários (10,8%), uma vez que as feiras livres se mantiveram suspensas por um período, durante a pandemia. A pesquisa quis saber também quais foram as culturas mais exploradas para a comercialização nesse período e, como destaque, identificou o gado bovino, citado por 45% dos agricultores; seguido da mandioca; galinha caipira; milho e ovinos.

“A conclusão que chegamos com essa sondagem é que o agricultor precisa ser cada vez mais estimulado a produzir, com garantias de comercialização e de acesso às políticas públicas voltadas para a agricultura. Percebemos que a pandemia atrapalhou um pouco a comercialização, mas, como é possível constatar, houve um aumento das vendas na propriedade”, avaliou o presidente a Emdagro, Jefferson Feitoza de Carvalho.

Segundo ele os dados levantados serão levados em consideração para a adoção de ações efetivas em benefício do homem do campo, “Nosso propósito com esse diagnóstico é melhorar os pontos considerados mais vulneráveis das ações junto ao agricultor, reforçar aquelas ações que vêm tendo êxito, e criar alternativas nas cadeias produtivas, desde a produção até a comercialização. Todo esse material fará parte da construção do Plano de Trabalho da Emdagro para o ano de 2021”, garantiu Jefferson.


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