“A violência contra mulher é histórica, social e cultural”, afirma doutora

Redação, 04 de Março , 2021

“Dia 8 de março está chegando para alertar sobre a violência ainda tão naturalizada contra a mulher”. Assim a terapeuta ocupacional, doutora em Psicologia Social, Sandra Aiache Menta, descreve como a data pode ser encarada. Este ano, a conselheira do Direito da Mulher de Aracaju irá ministrar palestra virtual gratuita sobre o tema, às 19h, no canal do Youtube da Universidade Tiradentes.

Dentro desse tema, a especialista vai tratar do ciclo de violência. “É importante que todos conheçam para compreender como é difícil a mulher sair desse ciclo, porque ela fica tanto tempo nele, tenta sair e não consegue. A mulher ainda percorre o que chamamos de rota crítica ao tentar sair, encarando os caminhos e as dificuldades quando busca os serviços que não funcionam ou não são suficientes para que funcionem. Diante disso, vou falar da possibilidade de uma rota favorável para que a mulher saia da situação de violência”, contextualiza Sandra Aiache Menta. 

A ideia da live é abordar toda essa perspectiva com linguagem clara, pedagógica e simples. “Apresentarei a experiência exitosa da cidade de Lagarto onde a mulher faz denúncia e a delegada encaminha ao grupo de apoio às mulheres que atua em parceria com a Secretaria de Segurança Pública, Polícia Civil por meio da DAGV de Lagarto e o departamento de Terapia Ocupacional da UFS Lagarto. O município também faz mediação de conflito com o autor da violência e encaminha o homem para o grupo reflexivo autores de violência”, detalha.

Sandra Aiache Menta antecipa que, depois de a mulher passar pela mediação, há uma metodologia própria da terapia ocupacional no grupo de apoio da cidade de Lagarto. “Trata-se das tecnologias sociais. Ao frequentar o grupo, fazemos uma rede para que ela participe das políticas públicas e não faça mais a rota crítica”, explica.

Para Aiache, não tem como justificar a violência ‘diagnosticando’ um agressor. “A violência contra mulher é histórica, social e cultural”, afirma. “Ainda falta a implantação de políticas públicas. Temos um monte, mas que efetivamente não saem do papel. A lei já existe. Como podemos reivindicar nos municípios por esses serviços? Esta é uma questão crítica e reflexiva para prevenir o feminicídio”, finaliza.

Live Dia da Mulher

Para participar da live promovida pelo polo Unit EaD de Lagarto em homenagem ao Dia da Mulher, acesse www.youtube.com/watch?v=TY0FSiNtFQY

Drª Sandra Aiache Menta é terapeuta ocupacional, mestre em Psicologia e doutora em Psicologia social. Ela é membro do Conselho Municipal de Direito da Mulher de Aracaju representando o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 17ª Região – Crefito 17. 

Drª Sandra é ainda docente do departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Sergipe de Lagarto e desde 2012 é coordenadora do grupo de apoio a mulheres em situação de violência de Lagarto. Também coordena o grupo reflexivo de autores de violência doméstica e familiar de Lagarto. “Estou há 9 anos tocando o grupo de mulheres e há 8 anos tocando o grupo de homens. Sei bem o que é a violência contra mulher, sei da realidade”.

Fonte: Assessoria de  Imprensa |  Unit


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