Polícia Civil registra mais de 1300 denúncias de violência contra a mulher
Com 1.357 denúncias por violência à mulher registradas pela Polícia Civil, o Dia da Mulher é de conscientização de direitos em Sergipe. Comemorado nesta segunda-feira, dia 08, a data trouxe debate sobre ciclo de violência e acolhimento em live realizada pela Universidade Tiradentes Sergipe (Unit-SE).
A convite da coordenação do polo de Lagarto, a terapeuta ocupacional e coordenadora do Grupo de mulheres em situação de violência, Sandra Aiache Menta falou sobre Violência contra a Mulher abrindo o debate de empoderamento que será realizado durante toda a semana no canal da Unit.
Sandra afirmou que não existe esteriotipo de homem violento e explicou o ciclo da violência presente em relações abusivas, no qual é possível identificar comportamentos comuns aos agressores. “O ciclo de violência tem a primeira fase chamada de acúmulo de tensão, que é quando a irritabilidade do homem aumenta, gerando a sensação de perigo para a mulher. É quando a autoestima feminina vai sendo minada e o homem diz coisas do tipo ‘só eu mesmo para te aguentar’. Isso pode durar anos”.
A segunda fase, de acordo com a terapeuta, é da explosão violenta. “Quando o homem resolver jogar objetos e agredir. É mais curta e é quando a mulher experimenta a ansiedade, tende a se isolar, a se sentir impotente, a ter vergonha. A violência é social, histórica e cultural”.
Recursos
O que fazer em caso de ter sofrido ou ter presenciado violência contra a mulher? Para atender estes casos, a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe dispõe do serviço 24 horas do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV). A instituição abrange quatro delegacias, que podem atender crianças, adolescentes, mulheres, LGBT, negros e vítimas de intolerância religiosa.
Na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM), podem ser registrados crimes de ameaças, lesão corporal, assédio, estupro, casos de violência doméstica, tentativa de homicídio, dentre outros. A mulher vítima de algum tipo de violência pode acionar a polícia por meio do 190, ou mesmo do 180, a Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, um serviço público, gratuito e confidencial oferecido pela Secretaria Nacional de Políticas do Governo Federal.
Fonte: Assessoria de Imprensa/Unit
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