Em Audiência Pública líderes religiosos defendem abertura das igrejas durante pandemia

Redação, 16 de Abril , 2021

O encontro virtual reuniu representantes de várias denominações religiosas com atuação na Câmara Municipal de Aracaju (CMA) e Assembleia Legislativa. A iniciativa partiu do vereador Eduardo Lima (Republicanos), que desde as alterações das medidas restritivas, que proibiram o funcionamento das igrejas no município vem lutando para reverter o que determina os decretos. A questão ganhou âmbito nacional e foi para no Supremo Tribunal Federal, que decidiu por 9 a 2 a manutenção das proibições.

A ideia de incluir o acolhimento espiritual e psicológico como parte das atividades autorizadas em Aracaju ganhou apoio da Associação Nacional dos Juristas Evangélicos (Anajure). Segundo o presidente da entidade, Uziel Santana, “o culto religioso traz benéficos à sociedade como assistência social as pessoas que estão nas ruas e encarceradas. Nesse momento que estamos vivendo, é fundamental ter esse local de escuta, para dividir com alguém suas dificuldades”, defende. Segundo Eduardo Lima, a igreja sempre foi uma atividade essencial. Para ele, independente do credo, “a igreja é o hospital da alma, um local de acolhimento e que pratica o segundo mandamento que Jesus nos ensinou que é amar o próximo”, disse. O Pastor Mardoqueu, representante da Unigrejas de Sergipe, também defende esse ponto de vista, segundo ele, “as igrejas são importantes e sempre estiveram presentes na sociedade. Exercemos um papel fundamental e essencial”.

De acordo estudo feito pela Fiocruz, grande parte da população apresentou problemas no estado de ânimo durante a pandemia. 47,3% das pessoas que desenvolvem alguma atividade essencial apresentaram sintomas como ansiedade e depressão. Além disso, 44,3% têm abusado de bebidas alcoólicas e 42,9% sofreram alterações do sono. A falta de acolhimento religioso só agrava esses quadros e dificulta a vida de quem não tem acesso ao serviço de saúde, como explica o Deputado Estadual, Samuel Carvalho, representante da igreja Assembleia de Deus: “Um líder religioso é para muitos um apoio principalmente para aqueles que não têm dinheiro para pagar um psicólogo”. Para o vereador Fábio Meireles (PSC), “frequentar as reuniões religiosas funcionam como um refrigério neste momento de dor”. “A cada dia que passa as pessoas nos procuram para resolver seus problemas, as famílias estão necessitas, carentes e precisando de ajuda”, afirma o Pastor Otonial dos Santos, representante da Assembleia de Deus Madureira.

Além do aumento de casos de problemas mentais, a pandemia está sendo marcada pelo crescimento da violência doméstica e de gênero, destaca Sup. Vileanne, do Patrulha Maria da Penha. Segundo ela, além da Guarda Municipal, as igrejas também são lugar de escuta, o que ajudaria a “diminuir a violência contra a mulher, mas é preciso trabalhar a base que é a educação e é dever de todos nos fazer com que esses casos diminuam.”

Segundo o Apostolo Paulo Fonseca, que é vice-presidente da União dos Ministros Evangélico de Sergipe (Umese), além do acolhimento, as igrejas fornecem diferentes formas de assistência, que fazem diferença na vida dos fiéis. “A igreja não vive apenas de culto, as pessoas buscam muitos outros auxílios”. Só a Igreja Internacional da Graça distribui 3 toneladas de alimentos por mês, afirma o Pastor Vanderlei Duarte JR, titular da instituição. Isso reforça o que diz o representante da Igreja Renovada, Jeter Josepetti: “A igreja chega muitas vezes aonde os poderes públicos não chegam. E o ser humano perder a esperança ligada a fé, o impacto é maior para a pandemia”. Pastor Rodrigo Pasquetti, representante Verbo da Vida, “Nós, como igreja, estamos cuidando de uma parcela da sociedade não alcançada pelo estado, promovendo um auxílio gratuito para muitas pessoas”.

Durante o encontro foi discutido ainda o papel assistencial das igrejas em outros momentos críticos do mundo, como outras pandemias, por exemplo, como explica o Padre Marcelo conceição: “a igreja foi importante no processo de epidemias e pandemias no passado, como a peste bubônica no século XIV. A igreja sempre ofereceu consolo espiritual. A igreja é um lugar de presença e sinal de esperança, o templo é o espaço onde nos aproximamos de Deus”. Como a covid-19 atinge as pessoas de forma indistinta, a igreja também oferece atendimento, independente da classe social, explica o vereador Paquito de Todos (Solidariedade). “Essa doença não tem rico, não tem pobre, não há diferença. A igreja é importante nessas horas. É um momento de união”.

Segundo a vereadora Emília Corrêa (Patriota), “As igrejas cumprem o que Jesus ensinou. Essa missão agora é nossa e devemos continuar cumprindo esse papel”. A afirmação também foi compartilhada pelo vereador Pastor Diêgo (PP). De acordo com ele, “estamos cumprindo missão para qual fomos eleitos, afinal foi para isso que o povo de Deus nos escolheu”. O pastor Everton, da Igreja Sara Nossa Terra, “chegou a hora de sermos uma igreja participativa e ir além do acolhimento”. Segundo a vereadora Linda Brasil (Psol), “ precisamos salientar nesse momento de pandemia que estamos vivendo com um inimigo é escondido que está provocando uma guerra. Vamos nos reinventar, utilizar outros meios para desenvolver nossa fé”.

Fonte: Valéria Santana/Assessoria de Imprensa do parlamentar


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