ONG mexicana Seguridad y Justicia retira Aracaju de ranking das cidades mais violentas do mundo

Capital figurava entre as mais violentas desde 2015, segundo a ONG

Redação, 23 de Abril , 2021 - Atualizado em 23 de Abril, 2021

Aracaju deixou a lista das cidades mais violentas do mundo, segundo a Organização Não Governamental (ONG) Seguridad, Justicia y Paz - em português, Segurança, Justiça e Paz. A queda do número de homicídios, que vem sendo registrada desde 2016, influenciou diretamente na retirada da capital sergipana dos indicadores da organização mexicana. Os números utilizados foram cedidos pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e a pesquisa foi divulgada na última terça-feira, dia 20.

Entre 2016 e 2020, houve uma queda de 41,9% na quantidade de homicídios em Sergipe, o que, por consequência, também refletiu no número de vidas preservadas em Aracaju. Na capital, um dos bairros antes tido como um dos mais violentos de todo o estado, o Santa Maria, teve diminuição de 70,4% entre 2016 e 2020. No ano passado, Sergipe foi o úncio estado do Nordeste que apresentou reduções nos casos de homicídios dolosos, segundo o Anuário Brasileiro da Segurança Pública.

De acordo com o levantamento feito pela organização mexicana, no ano de 2015, a capital sergipana ocupava a 38ª posição do ranking das cidades mais violentas do mundo. Os índices de criminalidade subiram no ano de 2016 e Aracaju passou a ocupar o 12º lugar nos dados da ONG. Com a intensificação do enfrentamento à criminalidade, com as ações de integração das forças de segurança pública e identificação da mancha criminal, a cidade passou a estar na 18ª posição, em 2017.

No ano seguinte, 2018, Aracaju passou a figurar no 25º lugar. No biênio 2019-2010, os dados apresentados retiram Aracaju do ranking das cidades mais violentas do mundo, elaborado pela ONG Seguridad, Justicia y Paz. No Brasil, a entidade leva em consideração dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Segundo a organização, o critério para a retirada de uma cidade da lista das localidades mais violentas do mundo é atrelado à quantidade de homicídios diante da população local. “Por ter uma taxa de homicídios de 32,57 por 100.000 habitantes e estar abaixo da cidade na posição 50, essa cidade sai do ranking”, contextualizou a ONG.

Ainda de acordo com a entidade Seguridad, Justicia y Paz, na pesquisa dos indicadores da violência de 2020, a cidade mais violenta do mundo, Celaya, fica localizada no México. A ONG também detalhou que das dez mais violentas, sete são mexicanas; e de todas as 50, 18 estão no México. Conforme a entidade, as cidade brasileiras mais violentas são Feira de Santana (BA), Fortaleza (CE), Mossoró (RN), Vitória da Conquista (BA), Salvador (BA), Rio Branco (AC), Maceió (AL), Recife (PE), Caruaru (PE), Natal (RN) e Teresina (PI).

Governo do Estado institui 2021 como “Ano da Perícia Criminal” em Sergipe - A lei foi promulgada em comemoração aos 30 anos da Coordenadoria Geral de Perícias

Em alusão aos 30 anos da Coordenadoria Geral de Perícias (Cogerp), o Governo do Estado instituiu ano de 2021 como o “Ano da Perícia Criminal”. O objetivo é homenagear a instituição e os profissionais lotados na Cogerp. A Lei nº 8.837, de 20 de abril de 2021, foi sancionada pelo governador Belivaldo Chagas e publicada no Diário Oficial do Estado dessa quinta-feira, 22.

O trabalho da perícia criminal do estado é um dos pilares para a redução dos homicídios em Sergipe, tendo reflexos na retirada da capital da lista das cidades mais violentas do mundo, elaborada pela ONG mexicana Seguridad, Justicia y Paz - em português, Segurança, Justiça e Paz. A Cogerp é formada por quatro institutos - de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF), de Criminalística (IC), de Identificação Dr. Carlos Menezes (IICM) e Médico Legal (IML).

A atuação dos servidores da Cogerp é responsável tanto pela identificação de evidências de crimes nos locais onde ocorreram investidas criminosas, como pela realização de exames periciais em objetos, substâncias, equipamentos, corpos e pessoas vivas. O secretário da segurança pública, João Eloy de Menezes, detalhou que o trabalho dos servidores da coordenadoria é fundamental para a segurança pública de Sergipe.

“Sem dúvida nenhuma, a perícia sergipana é um dos pilares do enfrentamento à criminalidade em todo o estado. A Cogerp é parte da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Com o trabalho dos servidores da coordenadoria, temos a identificação das pessoas, que é direito do cidadão, e também temos a comprovação da materialidade de um crime, subsidiando o trabalho das polícias Civil e Militar”, destacou.

João Eloy de Menezes também ressaltou que os servidores da Cogerp estão capacitados para atender às demandas da sociedade sergipana. “A perícia de Sergipe é diferenciada. A Cogerp é composta por profissionais extremamente qualificados e com capacidade técnica em em suas áreas de formação, inclusive com formação em mestrado e doutorado. Tudo isso tem contribuído para a redução dos crimes violentos em Sergipe”, finalizou.


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