Machado: "Vou insistir com a candidatura de Maria do Carmo até o último minuto"

Redação, 26 de Abril , 2021

O ex-deputado federal e presidente do Democratas em Sergipe, Zé Carlos Machado, conversou com o Sintonia neste domingo, 25, e falou sobre a posição do partido no estado, na relação política com o prefeito da capital Edvaldo Nogueira, e falou sobre possibilidades dele e da sigla na eleição do ano que vem.

A entrevista:

S- O DEM estadual no momento está alinhado com qual projeto? Governo, oposição ou independência?
M- Pra ser claro e objetivo, eu diria que nós temos uma postura de independência, e estamos prontos para alinhar um projeto que busque o desenvolvimento do estado de Sergipe. Esse é o nosso maior objetivo, e a postura da senadora Maria do Carmo tem demonstrado isso. Ela não recusa um convite do governador Belivaldo Chagas quando é para tratar dos interesses do estado. Não recusa um convite do prefeito Edvaldo Nogueira quando é para discutir os interesses da capital. Então nós vamos assumir uma condição de situação ou oposição quando? Não sei. O momento epidêmico que estamos passando é grave, e nos faz mais pensativos em alternativas para que possamos sair logo dessa crise que tem provocado muitas mortes. Não se pode dizer que um político não conversa política, ainda mais com as eleições de 2022, mas, precisamos primeiro encontrar saídas para essa condição crítica que estamos passando.
S- Na capital o DEM é aliado do prefeito Edvaldo já que o apoiou no segundo turno? E qual o espaço político que o partido tem da administração?

M- O espaço político eu lhe digo que é nenhum. É aliado? Eu não sei. É uma incógnita até pra mim. O que aconteceu foi que nós tivemos uma conversa com o prefeito, lá estavam eu, a Georlize, o vereador eleito Breno Garibalde e o suplente Saulo, quando fizemos algumas críticas e observações ao plano de governo dele. O Breno falou sobre o Plano Diretor, o saulo sobre o empreendedorismo jovem, e a Georlize falou sobre mobilidade. Daí ficamos acertados que voltaríamos a sentar após as eleições, e evidente que a vitória dele abriu a expectativa de espaços em sua administração, mas, estamos aguardando essa conversa, e por conta de seus afazeres, principamente com essa pandemia, ele esteja sem tempo para isso. Eu entendo, diante dessa crise sanitária que ele está enfrentando, e vamos aguardar sua disposição para voltar e conversar com as pessoas do DEM dentro do que fora combinado antes da eleição.

S- Em 2022 o partido pretende ocupar candidaturas majoritárias, governo ou senado? Ou estaria se preparando para a Câmara Federal e Assembleia Legislativa?

M- Eu acredito, apesar dela negar que não pretende a reeleição, e eu vou insistir, e só vou desistir na última hora. Eu não tenho dúvida da viabilidade da candidatura de Maria do Carmo ao Senado da República. Não sou eu apenas. A cúpula do partido também aposta nisso, mas isso só se viabilizará com a disposição dela ir para a reeleição. Nós estamos trabalhando. E não sendo Maria? Nós temos que pensar em outros nomes. Eu não tenho dúvida que o partido terá um papel fundamental nas eleições, a partir inclusive da eleição para presidente da república, e dessa forma temos que pensar em candidaturas como a da senadora Maria do Carmo, mas, não sendo, temos que pensar numa vaga para vice governador numa chapa. Nomes pra isso nós temos de sobra. A missão além dessa é eleger pelo menos um deputado federal do partido. Estou conversando com muitos, e apesar de mostrarem entusiasmo, falam da necessidade de aguardar a decisão das novas regras eleitorais. Nossa aproximação com o deputado Garibalde é importantíssima, pois se trata de um nome fortíssimo para qualquer chapa majoritária. Se ele será candidato a deputado estadual ou federal eu não sei, mas sua vinda para DEM é cada vez mais crescente, e aumentou mais com a eleição do seu filho Breno por nossa legenda para vereador de Aracaju.

S- O nome de Zé Carlos Machado está entre estes para disputar a Câmara Federal?

M- Eu tenho conversado muito com ACM Neto sobre isso, e ele tem colocado para que eu não me exclua de qualquer candidatura, inclusive para majoritário, mas no momento eu estou trabalhando para disputar uma das vagas de deputado federal.

S- Quais os nomes que estão postos ao seu ver efetivamente podem ser candidatos ao governo?
M- Os nomes estão postos, mas, primeiro é preciso dizer que a oposição que esteve na eleição anterior com duas candidaturas, inclusive uma delas indo pro segundo turno, sumiu. Do lado do governo nós temos nomes que no plano nacional têm três candidatos a presidente: Bolsonaro, Lula e Ciro Gomes. Daí não é tarefa fácil uma composição com essas circunstâcias. Outra é a do senador Alessandro Vieira, e mais recente surgiu o nome da vereadora Emília Correia. E ainda tem a possível candidatura do ex-deputado e agora conselheiro do TCE, Ulices Andrade, que deve decidir por uma renúncia do tribunal, que lhe restam de oito a nove anos, salvo engano, e o prefeito de Aracaju, Edvaldo, que também sendo candidato deve renunciar. É tudo muito complicado e indefinido. Tem também o ex-prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho que fala-se pela oposição.

S- Procede a possibilidade de concentração de lideranças numa única sigla para adaptar as novas regras se valer?
M- Isso é o que podemos chamar de luta pela sobrevivência, considerando que um partido para eleger o primeiro deputado federal deve ter algo em torno de 140 mil votos. Claro que isso faz com que candidatos estejam agrupados numa sigla, e este partido não pode ser qualquer um. É preciso que o partido esteja na elição com um protagonismo interessante no processo da eleição. Isso envolve muitas questões, inclusive o fundo eleitoral, que eu tenho algumas restrições. Fundo partidário para o funcionamento dos partidos eu sou favorável, mas, essa dinheirama para ser gasta numa eleição é complicado. O fundo eleitoral hoje daria para construir aproximadamente 25 mil casas. É quase o número de residências que temos no município de Itabaiana. Um absurdo isso ser despejado para ser gasto numa eleição.

S- Algo mais?

M- Agradecer, dizendo que estamos conversando sim, mas a prioridade é a busca de alternativa e solução para debelar esta pandemia, e reafirmar que o DEM está determinado para construir um projeto que vise efetivamente o desenvolvimento do estado de Sergipe.


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