Grávidas e puérperas que tomaram 1ª dose da AstraZeneca poderão receber 2ª dose de outro imunizante em SE
A intercambialidade de vacinas já é uma prática no Plano Nacional de Imunizações, mas com relação à Covid-19 ainda não é recomendada para todo o público
Houve mudança nas orientações para vacinação de grávidas e puérperas em Sergipe a partir de novos direcionamentos do Ministério da Saúde. Se a antiga orientação era para que esse grupo que tomou a primeira dose da vacina AstraZeneca esperasse 45 dias após o parto para tomar a segunda dose do mesmo imunizante, agora a Secretaria de Estado da Saúde enviou documento aos municípios fazendo a recomendação para que essas grávidas e puérperas, quando chegar o momento de tomar a segunda dose, sejam vacinadas com a Pfizer ou Coronavac.
A intercambialidade de vacinas já é uma prática no Plano Nacional de Imunizações, mas com relação à Covid-19 ainda não é recomendada para todo o público. Situações de exceção, onde não for possível administrar a segunda dose com uma vacina do mesmo fabricante, seja por contraindicações específicas ou por ausência daquele imunizante no país (exemplo, indivíduos que receberam a primeira dose de uma vacina contra a Covid-19 em outro país e que estarão no Brasil no momento de receber a segunda dose), poderá ser administrada uma vacina de outro fabricante.
A recomendação da direção de Vigilância em Saúde da SES é que as mulheres que receberam a primeira dose da vacina AstraZeneca/Fiocruz e que estejam gestantes ou no puerpério (até 45 dias pós-parto) no momento de receber a segunda dose da vacina deverá ser ofertada, preferencialmente, a vacina Pfizer. Caso este imunizante não esteja disponível na localidade, poderá ser utilizada a vacina Sinovac/Butantan. As mulheres que receberem vacina no esquema de intercambialidade deverão ser orientadas a respeito das limitações referentes aos dados existentes e do perfil de risco benefício.
“Alguns novos estudos têm apontado que, mesmo que você use um laboratório diferente, é possível dar uma imunidade sustentada. As pesquisas preliminares têm mostrado a segurança, indicando que não há o aumento de efeito adverso e que há uma proteção”, destacou o diretor de Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio Góes.
A SES também solicitou que os municípios façam o levantamento de quantas gestantes receberam a primeira dose da vacina AstraZeneca/Fiocruz, para que nas próximas entregas a Secretaria de Estado da Saúde possa acrescentar doses específicas para essa finalidade.
“A gestante e a puérpera estão em um grupo que tem mais risco de ter formas graves da Covid-19, por isso, a câmara técnica do Ministério da Saúde aprovou essa intercambialidade de vacinas exclusivamente para esse público. É importante deixar isso muito claro”, finalizou o diretor.
ASN
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