Cresce 21% descarte de lixo eletrônico e esses materiais podem virar dinheiro

Economia circular reduz perdas econômicas, danos ambientais e riscos à saúde

Redação, 23 de Setembro , 2021

Nos últimos cinco anos cresceu em 21% o descarte de lixo eletrônico, é o que revela a pesquisa Global E-waste Monitor 2020 da Universidade da Nações Unidas, e esse material tem sido descartado incorretamente causando danos ambientais e riscos à saúde, porém, poderia ser melhor aproveitado com a reciclagem dos itens, que dentro da economia circular geram boas quantias em dinheiro, tanto em leilões de sucata quanto em vendas de peças remanufaturadas, é o que ressalta Tatiana Sato, CEO da Hisa Leilões, empresa que fomenta um novo mindset de sustentabilidade no mercado corporativo, transformando em lucro o que antes era lixo.  

“Muitas empresas jogam toneladas de computadores, arquivos, cadeiras, geladeiras, celulares, entre outros bens, anualmente no lixo, e não se certificam se o descarte foi realizado da forma correta. Isso gera poluição de solo e consequentemente das águas, porque todo esse material acumulado em lixões danifica o meio ambiente e nossa saúde. Focar no descarte correto é também movimentar a economia proporcionando a geração de empregos, seja com a mão de obra de consertos de eletrônicos, seja com a venda de peças remanufaturadas, e também proporcionando ao consumidor aquisições de bens em bom estado e com valores mais acessíveis. O mercado de leilão está de olho nesses itens que podem ter novo destino, e o melhor é que isso gera lucro para quem descarta, e para quem compra. Um ótimo negócio para todos”, explica Tatiana.

A prática de enviar lixo eletrônico a leilões também é bem vista por pesquisadores da área de sustentabilidade e economia circular, que defendem a transformação desses itens em recursos. “Pensar em uma economia circular é entender que podemos ser mais produtivos e mais verdes, ou seja, é criar maneiras de utilizar um produto de diferentes formas. O leilão, por exemplo, é um dos mecanismos que podemos usar para que a economia realmente circule”, destaca o professor da UFABC, Dr. Derval dos Santos Rosa, pesquisador de materiais funcionais avançados.

O governo brasileiro, por exemplo, arrecadou com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) mais de R$1 milhão com o leilão de 64 bens móveis inservíveis pertencentes ao patrimônio. “Assim como o governo brasileiro, muitas empresas já se beneficiam leiloando lotes de bens inservíveis ou até mesmo bens em perfeito estado, mas que não terá mais utilidade para a companhia. É tempo de olharmos para o meio ambiente, para a saúde e também para fazermos a economia rodar. Não podemos jogar no lixo o que vale dinheiro”, reforça Tatiana.

“O índice de reciclagem no Brasil ainda é baixo, mas há um movimento das próprias empresas para que isso mude. E a economia circular é fundamental para que possamos ser mais sustentável. Mas principalmente fazer as pessoas entenderem que sustentabilidade é a geração futura, o meio ambiente, os seres humanos e as fontes de matéria prima, é o todo”, finaliza dos Santos Rosa.


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