Novos hábitos de consumo nos comércios tornam investimento híbrido necessário

Redação, 27 de Setembro , 2021

O grande impacto causado pela pandemia de Covid-19 nas relações sociais e humanas - que incluem os novos hábitos de consumo e as estratégias comerciais desenvolvidas pelas empresas -  ainda será sentido por muito tempo, proporcionando alterações perenes na vida cotidiana da população de todo o mundo. A transformação digital de empresas e o fortalecimento do e-commerce, neste sentido, expõe um novo panorama comercial que, com a reabertura do comércio, tem sido colocado à prova nos últimos meses. De acordo com estudos recentes, tais tendências devem se fortalecer, embora passos em direção ao formato híbrido tenham que ser dados para que tal intento seja bem-sucedido.

Além da reabertura gradativa da economia, o avanço da cobertura vacinal contra a Covid-19 no país tem proporcionado a paulatina volta às compras no formato físico por parte da população. De acordo com um relatório sobre o comportamento do consumidor elaborado pelo banco Itaú com base em movimentações de cartões de débito e crédito do banco e da empresa de adquirência Rede, as transações financeiras realizadas de forma presencial no segundo trimestre de 2021 foram da ordem de 78,9%, frente ao índice de 21,1% daqueles que optaram pelas compras on-line.

Tal porcentagem de consumidores que se valeram do formato digital é superior aos 15,8% apontados no segundo trimestre de 2019, antes da pandemia, mas ligeiramente inferior aos 22,8% das transações efetuadas no quarto trimestre do ano passado, quando a vacinação ainda não havia começado. 

Este pequeno recuo nas transações digitais, porém, não indica necessariamente uma tendência de retração do varejo on-line. Segundo o estudo “Future Shopper Report 2021”, produzido pela agência global de comunicação de marketing Wunderman Thompson em parceria com a consultoria de e-commerce Enext, mesmo com a reabertura das lojas físicas, 72% dos consumidores pretendem continuar comprando por meio do formato on-line.

A despeito da comodidade do e-commerce, as compras presenciais, para muitos, trazem vantagens, como a possibilidade da melhor observação do produto, a ausência de gastos com fretes e a ocorrência de possíveis equívocos na entrega dos produtos. Neste grande laboratório de hábitos de consumo, tendências de comércio e alterações nas relações interpessoais, todavia, o formato híbrido e a necessidade do desenvolvimento do chamado “omnichannel” - tendência do varejo que se baseia na convergência de todos os canais utilizados por uma empresa, integrando lojas físicas e virtuais - são questões a serem consideradas pelas empresas no futuro pós-pandemia.

O futuro é do consumo é “híbrido”

Um estudo, realizado ainda em agosto de 2020 pela empresa de marketing digital Social Miner com a Opinion Box, companhia de pesquisa de mercado, já indicava essa proximidade entre o on-line e off-line nas tendências de consumo dos brasileiros. Na ocasião, 52% dos entrevistados afirmaram que pretendiam comprar por meio do formato digital e retirar nas lojas físicas em um futuro próximo, 50% disseram esperar contar com o formato drive-thru em shoppings e 49% indicaram que gostariam de mesclar as compras entre os formatos digital e presencial.

Para Yuri Barroso, sócio-fundador da Imagina Brasil, marketplace que atua no comércio de produtos de fabricação nacional, os próximos meses devem apontar um diagnóstico mais preciso a respeito deste reequilíbrio entre o e-commerce, as lojas baseadas no formato tradicional de vendas físicas e os estabelecimentos “híbridos”. 

“É natural que a reabertura do comércio e a ânsia do encontro presencial por parte dos consumidores faça com que haja um impulso no formato off-line, que certamente terá seu crescimento”, diz Barroso, que ressalta a necessidade, porém, do maior investimento no "omnichannel" por parte das empresas, de modo a conciliar os dois formatos para a melhor experiência do consumidor.

O executivo avalia que a volatilidade dos hábitos de consumo faz com que haja espaço para todos os tipos de consumidores, dos mais tradicionais, avessos às compras digitais, aos mais engajados no formato de e-commerce. A transformação digital, para Barroso, porém, é uma tendência que tem se consolidado em uma velocidade cada vez maior, sendo uma estratégia de fundamental importância para o sucesso de uma companhia comercial. 

“Acredito que o modelo online esteja mais do que estabelecido no Brasil, embora ainda haja espaço para muito crescimento”, diz o sócio-fundador da Imagina Brasil. “Comparando o mercado brasileiro com o americano, nós estamos engatinhando ainda e precisamos melhorar cada vez mais nossas tecnologias, logística e experiência do cliente, mas estamos no caminho para isso”, completa. 


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