O Cansaço da Vida (por Antonio Samarone)
“Navigare necesse, vivere non est necesse.” – Pompeu.
Deixei a longa e serena quarentena. Voltei a aglomerar. Fui a uma reunião ordinária do consulado itabaianenses, em Aracaju. Uma confraria de velhos amigos.
Nada mudou. Quem prestava continua prestando e quem não valia nada, continua sem valer.
A noitada foi agradável. O doutor Rômulo lançou mais um livro de poesias (ERATO). Uma arte que não se vende em feiras, nem nas de livros.
Itabaiana é uma antiga feitoria, onde a roda gira com os negócios. Uma terra onde o dinheiro é a alma e sobreviver uma arte. Uma terra onde o ócio é negado (Neg ócio).
Entretanto.
Itabaiana também possui os seus Bardos. Rômulo faz uma poesia universal, fala sobre a alma transcendental, que continua viva. Um merencório canto, que brota das profundezas do tronco cerebral, onde se produz a consciência.
A alma, o espírito, o Eu (self) são filhos do cérebro, da sua evolução metafisica. Foi o cérebro que criou o homem, em sua glória e em sua desdita. E quem criou o cérebro?
A melhor explicação é a de Darwin, mesmo sendo improvável.
“Chora a tarde, um choro tardio...” Disse o poeta Rômulo.
Retorno à quarentena, constatando: “que há sangue em cada estrela, que inda brilha alegre, por saber que morre”. – Santo Souza.
Antonio Samarone (médico sanitarista)
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