Dose de reforço: por que ainda é possível ter reação?
Aprovada pelo Ministério da Saúde em novembro de 2021, a terceira dose da vacina contra covid19 já foi aplicada em mais de 50 mil brasileiros. O número ainda é pequeno, representando apenas 24,5% da população. A falta de procura pela dose de reforço é ocasionada, principalmente, pelo medo dos efeitos adversos, que não são exclusivos da terceira dose, mas podem ocorrer nas duas primeiras também.
Estudos científicos e especialistas em imunologia alertam para a necessidade da população completar o ciclo vacinal e mesmo com as possíveis reações, não é preciso temer. Quando surgem, geralmente, elas são leves ou moderadas. É possível ter quadros de febre, prostração, dor no local da aplicação, dor de cabeça e no corpo.
De acordo com a professora do curso de Medicina da Universidade Tiradentes (Unit), Julianne Machado, a possibilidade de ocorrer efeitos colaterais não é exclusividade do imunizante contra a covid19. “Na verdade, qualquer vacina assim como qualquer medicamento pode provocar reações adversas em algumas pessoas. Independente de quantas doses de reforço serão necessárias, esse risco permanece”, disse.
Também tem muita gente pensando que a vacina pode desencadear a própria covid19, mas segundo Julianne, mesmo que as reações sejam confundidas com sintomas gripais, não implicam em resultado positivo para a doença. “A vacina não justifica um teste positivo. Caso isso ocorra, é porque houve a contaminação do paciente independente da vacina”, enfatizou ela.
Outro mito é pensar que a vacina impede totalmente a infecção pelo coronavírus. Cada fabricante garante um percentual de cobertura do imunizante, mas ainda há muitos estudos em andamento. “Sempre lembrando que a vacina reduz risco de evolução para casos graves, mas não impede contaminação”, reforçou a professora.
Por isso, os cuidados já conhecidos devem ser mantidos, além da vacinação. “Continuamos com máscara, limpeza frequente das mãos, distanciamento social e caso haja contaminação, isolamento e cuidados com os sintomas que surgirem. Sempre em caso de dúvida procurar um médico de confiança”, salientou Julianne.
Fonte: Assessoria de Imprensa/Unit
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