TEMPORADA DE CAÇA. SEM CAÇADORES.
Há algumas décadas, o momento atual do outono seria de agitação na velha praça da matriz de Santo Antônio e Almas de Itabaiana. Bandos de moleques sempre famélicos como lhes próprios da faixa etária da puberdade – se lhes apresentassem paralelepípedo untado de açúcar, este correria sério risco – estariam competindo ferozmente atrás de cada frutinha de oiti que caísse ao chão, ou estivesse ao alcance das inevitáveis e indefectíveis pedradas. Mas na manhã da última segunda feira não mais as encontrei em profusão, a enlamear o solo graças ao zelo dos garis do Município, sempre diligentes a manter a ordem, ao menos no que torna ao asseio público: caiu um oiti, recolhe e joga no lixo.
A garotada atual não curte mais oitis, araçás, jatobás, ingás, muricis, jenipapos, mangas, cajus... mesmo as outrora tão cobiçadas goiabas, hoje, em geral são consumidas como sucos. Se muito.
E assim caminha a humanidade.
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