No universo corporativo, não dobre a aposta se não puder bancá-la

Redação, 20 de Maio , 2022

Quem é fã de jogos de cartas sabe que o blefe é um dos elementos mais importantes para uma boa performance. Junto da experiência e da linguagem corporal, apostar, muitas vezes, naquilo que ainda não se tem, faz toda a diferença para o resultado final da partida.

Não raro, o blefe corporativo também tem sido uma cartada de muitos profissionais – incluindo aqueles em cargos de liderança – em apostas para ganhar mais mercado, novas posições de atuação ou manter clientes em carteira.

O que, como consequência, acaba se tornando um problema recorrente das corporações é que na hora de dobrar as apostas, nem todo profissional pode bancá-las em médio ou longo prazo. E é neste momento que a coragem, sempre necessária para se escalar oportunidades, vira uma ação kamikaze que coloca em risco não só o apostador, mas muitas pessoas à sua volta.

Aposta sem comprometimento, no jogo corporativo, é uma das ferramentas mais prejudiciais para os negócios e a carreira. Porque quando se colocam na mesa cartas altas em relação a entregas que não poderão ser cumpridas ou habilidades das quais não se domina, coloca-se em risco o sucesso de um negócio e, não obstante, o sustento de diversas famílias.

Ao blefar, no sentido positivo da expressão, projetando-se para projetos que neste momento não temos a capacidade de entregá-los, precisamos ter a ciência e o comprometimento para a realização daquilo que se conquistou mediante aposta. Isso significa que estudo, busca de parceiros qualificados, formação de times engajados e melhoria contínua devem ser regra para o profissional que lança mão deste artifício em uma negociação.

Não arrisque o ecossistema em que você está inserido se não estiver preparado para atender ou não estiver realmente comprometido em estudar e se dedicar ao trabalho pela qual apostou. Não se sente à mesa de um jogo que vai comprometer muitas outras pessoas e empresas que estão depositando confiança em você se não for para buscar a melhor performance assim que se levantar dela.

Ser proativo e ter coragem é importante, desde que estas características sejam pautadas pela responsabilidade. Uma atitude altiva gera negócios, mas não pode comprometer as entregas. É preciso ter a capacidade de entender que somos corresponsáveis pelos projetos com os quais nos comprometemos.
Sobre o especialista

Roberto Vilela é mentor e estrategista de negócios, com atuação nas áreas comercial e de gestão. Atua em todo o Brasil com clientes de médio e grande porte realizando palestras, treinamentos e apoiando na elaboração de táticas empresariais. É autor dos livros Em Busca do Ritmo Perfeito, em que traça um paralelo entre as lições do universo das corridas para a rotina de trabalho, e Caçador de Negócios, com dicas para performances de excelência profissional. Produz ainda séries de podcasts sobre estes assuntos, disponíveis nas plataformas Spotify e Itunes. No Instagram, o profissional também traz dicas, insights, bate-papo com gestores e outros conteúdos relacionados a gestão, liderança e performance. E-books, artigos, áudios e vídeos disponíveis em www.orobertovilela.com.br.

Por Roberto Vilela, consultor empresarial e mentor de negócios


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