A Caixa Econômica Federal bateu recorde de afastamentos por problemas de saúde mental em 2022, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No total, 524 funcionários deixaram seus postos temporariamente, o que representa um aumento de 15% em relação ao ano anterior.

O motivo mais apontado pelos funcionários para os afastamentos são problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade e estresse. Segundo o Dieese, 75,4% dos afastamentos foram por questões psicológicas e comportamentais.

A Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa) atribui o aumento dos afastamentos ao modelo de gestão do ex-presidente Pedro Guimarães. Guimarães pediu demissão no ano passado após ser acusado de assédio sexual por funcionárias.

A Fenae afirma que o modelo de gestão de Guimarães era baseado no medo e no assédio, o que contribuiu para o adoecimento dos funcionários. A organização também diz que a cobrança por metas abusivas é outro fator que contribui para os afastamentos.

A Caixa Econômica Federal nega as acusações da Fenae e afirma que o índice de absenteísmo por doença ocupacional é o menor do mercado bancário nos últimos três anos. O banco também diz que atua na promoção da saúde e da qualidade de vida de seus funcionários.

Entretanto, os dados do Dieese mostram que os afastamentos por problemas de saúde mental na Caixa Econômica Federal têm aumentado nos últimos anos. Isso sugere que o banco precisa fazer mais para melhorar o ambiente de trabalho e prevenir o adoecimento dos funcionários.

Siga os canais do Portal 93 Notícias: YouTube, Instagram, Facebook, Threads e TikTok

Participe da comunidade da 93 Notícias no Whatsapp e receba as principais notícias do dia direto no seu celular. Clique aqui e se inscreva.