Este mês é marcado pela campanha ‘Agosto Lilás’, a qual busca erradicar a violência doméstica. Dentro desta campanha está a atividade denominada: ‘Quebrando o Silêncio’, que busca conscientizar sobre a importância de denunciar os autores, bem como ajudar as vítimas de violência, em especial, crianças, adolescentes, mulheres e idosos. Estes casos costumam acontecer principalmente dentro das respectivas residências.

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, o ano passado registrou o maior número de estupros da história, com aumento de 8,2% em relação a 2021. Foram 74.930 vítimas, sendo 56.820 de vulneráveis.

O estudo ainda mostrou que 68,3% dos casos ocorreram dentro da residência da vítima, com 86,1% dos agressores – de crianças entre zero e 13 anos -, sendo conhecidos; e, 64,4% formado por familiares. Este dado também é alto para vítimas 14 anos ou mais; sendo 77,2% dos agressores conhecidos, e 24,3% familiares.

A violência doméstica também sofreu um aumento. As agressões subiram 2,9%, totalizando 245.713, enquanto as ameaças tiveram um crescimento de 7,2%, com o total de 613.529 casos ocorridos no ano de 2022.

Foram 1.437 feminicídios (6,1% maior), sendo 61,1% de vítimas negras e a maior parte dos crimes ocorreu dentro da casa (70%). O parceiro íntimo foi o criminoso em 53,6%, o ex-parceiro em 19,4% e um familiar em 10,7% dos casos.

Em Sergipe, o número de feminicídios caiu 5,6%, em contraponto as tentativas subiram 3,4%. Estes números consideram apenas os casos que chegaram até as autoridades policiais, sendo assim, é necessário procurar ajuda para que a violência não volte a acontecer, como também para que a polícia saiba qual o local que mais precisa de acompanhamento.

Iniciativa

Quebrando o Silêncio é um projeto educativo e de prevenção contra o abuso e a violência doméstica realizado anualmente pela Igreja Adventista do Sétimo Dia em oito países da América do Sul, (Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai). Esta atividade preventiva acontece desde o ano de 2002, e serviu para estimular a criação de algumas leis estaduais em Assembleias no Brasil, como consta no Projeto de Lei que originou a Lei sergipana ‘Quebrando o Silêncio’.

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