A importância da educação financeira para uma vida estável

Redação, 20 de Setembro , 2023

No cenário atual, a montanha de dívidas que muitos enfrentam devido à má administração financeira é um alerta. Os números do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) apontam que mais de 60 milhões de brasileiros estão nessa situação, uma parcela considerável da população. 

A oniomania, a compulsão por compras, também surge como um desafio urgente. Estudos indicam que cerca de 5% da população global lida com esse transtorno, o que agrava a questão do endividamento. Diante disso, promover a educação financeira não é apenas importante, mas crucial para prevenir e reverter esse quadro.

O pró-reitor de marketing, comercial e relacionamento da Universidade Tiradentes (Unit), Luis Carlos Beltrami, destaca a importância de levar essa educação para dentro das escolas e lares. Num mundo onde o dinheiro desempenha um papel central, ensinar finanças desde cedo torna-se imperativo. 

"A educação financeira é crucial desde os primeiros passos, pois ela prepara crianças e adolescentes para lidar com o dinheiro ao longo da vida. É uma das habilidades mais valiosas para alcançar metas e objetivos na fase adulta. Os benefícios incluem o desenvolvimento de hábitos financeiros saudáveis, a capacidade de tomar decisões informadas e a redução do risco de endividamento futuro", destaca.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que mais de 63% dos brasileiros adultos têm dívidas. A falta de educação financeira pode levar a desafios significativos, como dificuldades em economizar, investir e planejar o futuro financeiro. 

"Pessoas sem educação financeira enfrentam problemas como falta de segurança financeira, dívidas excessivas e falta de preparo para emergências, prejudicando uma vida financeira plena”, alerta Beltrami.

O papel das escolas nesse processo

As escolas têm um papel vital em promover a educação financeira, integrando-a ao currículo. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) destaca esse aspecto, permitindo que os alunos vejam como os conceitos financeiros se relacionam com diversas áreas da vida. "As escolas podem contextualizar a educação financeira, mostrando como os conceitos se aplicam às decisões diárias dos alunos, como economizar dinheiro, fazer escolhas de consumo e planejar o futuro. Além disso, atividades práticas, como simulações de orçamento e jogos financeiros, tornam o aprendizado envolvente," destaca Luis Carlos Beltrami.

Em casa, os pais têm um papel crucial. "Os pais podem ensinar finanças pessoais envolvendo os filhos em discussões sobre dinheiro, permitindo que participem do orçamento familiar e modelando comportamentos financeiros responsáveis. Essas interações ajudam as crianças a entender a importância de gerenciar o dinheiro desde cedo," diz Beltrami.

A tecnologia desempenha um papel cada vez maior no ensino de finanças pessoais. Aplicativos e jogos educacionais tornam o aprendizado mais lúdico e envolvente. “Jogos como banco imobiliário online e simuladores de investimento podem ajudar muito as crianças e os jovens a entender a dinâmica das finanças pessoais”, aconselha.

A educação financeira desempenha um papel vital na formação de indivíduos financeiramente conscientes. Ao incorporá-la nas escolas e em casa, através de conversas abertas e cursos como o oferecido pela Unit, estamos capacitando as futuras gerações a tomarem decisões financeiras informadas e a construírem um futuro financeiramente seguro.


Siga os canais do Portal 93 Notícias: YouTube, Instagram, Facebook, Threads e TikTok

Participe da comunidade da 93 Notícias no Whatsapp e receba as principais notícias do dia direto no seu celular. Clique aqui e se inscreva.

O que você está buscando?