Inovação sergipana ganha destaque internacional

Redação, 24 de Outubro , 2023

A trajetória das egressas do curso de Biomedicina da Universidade Tiradentes (Unit), Dra. Tâmara Nunes e Dra. Tássia Nunes, culminou em um feito extraordinário no cenário de inovação. A ADA Metaverse Desenvolvimento de Software LTDA, criada pelas irmãs em 2021, não apenas conquistou o 1º lugar na fase inicial do Prêmio Mulheres Inovadoras 2023, mas também se destacou como a única representante de Sergipe nessa competição nacional.

"Desde a infância, nutríamos o sonho de contribuir de forma significativa para a sociedade. Queríamos inovar, criar oportunidades e, acima de tudo, fazer o bem às pessoas. Essa aspiração sempre nos impulsionou, mesmo diante de desafios e fracassos ao longo da jornada empreendedora", compartilha a Dra. Tássia Nunes.

A startup, especializada em neuroengenharia, desponta como líder na criação de soluções disruptivas para o Metaverso, o futuro da internet. Com uma equipe interdisciplinar de cientistas e profissionais de diversas áreas, a ADA tem como missão central impactar a humanidade através da integração entre o ser humano e o universo virtual.

Tâmara Nunes, uma das fundadoras da ADA Metaverse, esboça com precisão o foco da startup. "Nossa visão é desenvolver interfaces e interações que estreitem os laços entre o mundo real e o Metaverso, proporcionando um ambiente imersivo e interativo. Reconhecemos o Metaverso como a próxima fronteira da internet e queremos ser protagonistas nesse processo, influenciando todos os setores da sociedade", destaca.

Sobre o projeto

O carro-chefe da ADA, o xMed, representa um avanço na neuroengenharia. Trata-se de um hub multissensorial inteligente de Metaverso, projetado para oferecer treinamento e capacitação a estudantes e profissionais da área da saúde. O dispositivo possibilita a simulação da anatomia humana em um laboratório virtual envolvente, fornecendo um feedback tátil através de um dispositivo vestível, promovendo a troca de sensações entre o mundo virtual e o real.

"Através de estímulos táteis gerados pelo nosso dispositivo, conseguimos replicar os padrões neurais naturais que ocorrem desde os mecanorreceptores até a interpretação no córtex somatossensorial. Essa abordagem nos permite simular sensações táteis durante experiências imersivas em ambientes virtuais", explica Tâmara.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que aproximadamente 5 mortes por minuto são atribuídas a erros médicos. A ADA visa mitigar esse risco, oferecendo uma alternativa inovadora para a formação de profissionais da saúde.

"Através do Metaverso, conseguimos reduzir os custos com aquisição de equipamentos e manutenção de laboratórios físicos. Além disso, os alunos podem repetir o treinamento intensivamente, monitorados por inteligência artificial para aprimorar seu desempenho", explica Tássia.

Contribuição acadêmica

A contribuição da Unit para o sucesso da ADA Metaverse não passa despercebida. Desde os primeiros períodos, as irmãs aproveitaram ao máximo as oportunidades oferecidas pela instituição. Foram incentivadas e orientadas por professores que acreditaram em seu potencial, o que as impulsionou a seguir carreiras científicas e empreendedoras. A visita à Feira de Vestibular (Feivest) foi um momento decisivo na escolha do curso de Biomedicina, dando início a uma jornada que as levou a conquistas impressionantes.

“Iniciamos a carreira científica no ITP, fomos monitora de bioquímica no laboratório de biomedicina e auxiliadas pelo departamento internacional da Unit para participar do programa ciência sem fronteiras. Atualmente retornamos à casa através do Tiradentes Innovation Center, onde recebemos apoio para o desenvolvimento da nossa startup”, revela Tâmara.

As mentorias da professora Margarete Zanardo Gomes e do professor Edgard Morya foram fundamentais na trajetória das irmãs na neurociência e neuroengenharia. Foram esses mentores inspiradores que as introduziram a esse campo fascinante e as incentivaram a fundar a startup.

Com uma equipe multidisciplinar de cerca de 15 colaboradores, a ADA Metaverse tem grandes planos para o futuro. Além de levar sensações ao Metaverso, a startup pretende desenvolver interfaces mais naturais e intuitivas, incluindo aquelas controladas por comando cerebral. 

“Em planejamentos futuros a Ada tem como objetivo não somente utilizar a neuroengenharia para levar sensações, mas também, criar interfaces humano-metaverso que sejam mais naturais e intuitivas, em especial, interfaces controladas por comando cerebral. Esse é um dos grandes desafios das maiores empresas mundiais como a Meta e Neuralink. E está em nosso roadmap de tecnologias futuras a criação de interfaces humano-metaverso”, pontua Tâmara Nunes.

Asscom Unit


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