Javier Milei, o economista vinculado ao movimento "La Libertad Avanza", emergiu como o novo presidente da Argentina neste domingo (19), revertendo a situação desfavorável contra seu oponente, Sergio Massa, no segundo turno, após ter ficado em segundo lugar na primeira etapa. A partir de 10 de dezembro, Milei assumirá a Casa Rosada, governando o país pelos próximos quatro anos.

Origens e Família de Javier Milei

Nascido no bairro de Palermo, em Buenos Aires, no dia 22 de outubro de 1970, a infância de Milei foi marcada por momentos polêmicos no seio familiar, conforme ele próprio reconheceu em uma entrevista ao canal argentino "Telefé". Apesar do relacionamento tenso com seus pais, Javier encontrou apoio significativo em sua irmã, Karina Milei.

O economista reconhece Karina como a pessoa que melhor o conhece e a "grande arquiteta" por trás de seus eventos políticos. Milei afirmou, em diferentes meios de comunicação, que caso assuma a presidência, ela desempenhará o papel de primeira-dama.

Vínculos com o Futebol

Durante os anos 1980, Milei aspirava ser goleiro nas categorias de base do clube de futebol argentino Chacarita Juniors. "Não sou torcedor do Chacarita, mas passei a fazer parte do time profissional em 1989", confessou o economista em uma entrevista à rádio "Urbana Play FM", de Buenos Aires. Curiosamente, apesar de ter tido um camarote e uma estrela no Museo de la Pasión Boquense, do Boca Juniors, Milei tornou-se um torcedor favorável ao River Plate na final da Copa Libertadores de 2018, entre os dois rivais.

Em relação à sua paixão pelo clube de Buenos Aires, ele revelou que ela arrefeceu com a aposentadoria do atacante Martín Palermo, em 2011, e devido a discordâncias com as decisões do ex-presidente do clube, Daniel Angelici.

Trajetória na Corrida Presidencial

A ascensão de Milei nos principais meios de comunicação argentinos começou em 2018, destacando-se por seu discurso "liberal libertário", como ele mesmo o denomina. O salto significativo em sua carreira política ocorreu em 2020, quando anunciou sua candidatura à Presidência para as eleições de 2023.

Esse movimento pavimentou o caminho para sua coligação, La Libertad Avanza, conquistar duas cadeiras na Câmara dos Deputados no ano seguinte, ocupadas por ele e por sua candidata à vice-presidência, Victoria Villarruel. Suas propostas centrais incluem a dolarização gradual da economia argentina, a redução dos gastos estatais e a privatização de empresas públicas.

No âmbito trabalhista, Milei propõe o fim das verbas rescisórias para diminuir os custos trabalhistas. No entanto, duas de suas propostas mais controversas estão relacionadas à segurança: a desregulamentação do porte de armas e a militarização das prisões.

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