No primeiro dia de 2024, os servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) decidiram aderir a uma greve como forma de pressionar o governo por reajuste salarial. Em uma carta intitulada “Suspensão das atividades de campo e concentração em tarefas burocráticas internas”, os funcionários destacaram a falta de respostas do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos quanto à reestruturação das carreiras do órgão ligado à pasta do Meio Ambiente.

A decisão de adotar a chamada operação padrão foi justificada pelos servidores como uma resposta direta à ausência de ação e suporte efetivo, alegando que suas missões críticas não têm recebido a devida atenção. Uma assembleia está agendada para a próxima terça-feira (9) para discutir a paralisação. O Ministério da Gestão afirmou em nota que reinstalou uma mesa permanente de negociação, com o primeiro acordo sendo um reajuste de 9% para todos os servidores, incluindo os do Ibama.

Os impactos da greve são potencialmente significativos, afetando atividades externas cruciais para o Ibama, como operações de fiscalização ambiental na Amazônia, preservação e combate a incêndios florestais, e atendimento a emergências ambientais. Os servidores atribuem a suspensão de atividades externas ao histórico de abandono da carreira nos últimos dez anos e destacam a falta de acolhimento e valorização, especialmente durante o governo anterior. Enquanto o Ministério da Gestão alega ter aberto negociações, os servidores reivindicam a necessidade de uma resposta mais efetiva para garantir a preservação do meio ambiente e melhorias nas condições de trabalho.

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