Um ônibus com cerca de 30 passageiros que receberam promessa de emprego para trabalhar em Santa Catarina foi interceptado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na saída de Aracaju. O Ministério Público do Trabalho (MPT) foi acionado para investigar possíveis irregularidades, incluindo a presença de crianças e adolescentes no veículo.
De acordo com as primeiras apurações do MPT, a maioria dos passageiros não soube informar em qual cidade ou empresa iriam atuar. Além disso, muitos não portavam carteira de trabalho ou documentos pessoais, o que levantou suspeitas de condições análogas à escravidão.
A presença de crianças e adolescentes no ônibus também chamou a atenção das autoridades. O procurador do MPT, Alexandre Alvarenga, está ouvindo os trabalhadores para esclarecer as circunstâncias da viagem e identificar possíveis responsáveis pelo recrutamento irregular.
Equipes da Auditoria Fiscal do Trabalho estão no local para auxiliar nas investigações. O objetivo é garantir que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados e que os responsáveis por eventuais irregularidades sejam punidos.
Como denunciar
Casos de trabalho análogo à escravidão ou exploração de mão de obra podem ser denunciados ao Ministério Público do Trabalho ou à Superintendência Regional do Trabalho.