Uma operação conjunta da Polícia Civil do Rio de Janeiro desarticulou um plano de atentado a bomba que tinha como alvo o show da cantora Lady Gaga em Copacabana, realizado no último sábado (3). De acordo com os investigadores, a ação “salvou centenas de vidas” ao prender dois líderes de um grupo extremista e cumprir mandados em quatro estados.
O delegado Felipe Curi, secretário de Polícia Civil, afirmou que os dois principais suspeitos são um homem do Rio Grande do Sul, preso por porte ilegal de arma, e um adolescente carioca, apreendido por armazenamento de imagens de exploração sexual infantil. A organização disseminava discursos de ódio, com foco em ataques ao público LGBTQIA+, e planejava atos terroristas com motivação religiosa extremista.
Um dos investigados, localizado em Macaé (RJ), acusava Lady Gaga de promover “rituais satanistas” e chegou a afirmar que cometeria um assassinato ritualístico durante o show. Ele agora responde por terrorismo e induzimento ao crime.
“Foi uma ação integrada que salvou centenas de vidas. Esses grupos têm metas para ganhar notoriedade, recrutar jovens e promover o ódio”, afirmou o delegado Luiz Lima, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática.
A operação, que envolveu mandados em Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso, também teve como base a Lei Antiterrorismo, que prevê punição para atos preparatórios, como articulações entre suspeitos e declarações públicas de intenção.
O show de Lady Gaga, que reuniu 2,1 milhões de pessoas, foi o maior da história de Copacabana, superando a apresentação de Madonna em 2024, que atraiu 1,6 milhão. Gaga emocionou o público com mensagens de apoio à comunidade LGBTQIA+, além de interpretar sucessos como Bad Romance, Shallow e músicas do novo álbum Mayhem.