O EXÉRCITO E NOSSAS REVOLUÇÕES.
A história é a mestra da vida e nos mostra que os anos que passamos sob o coturno das forças armadas, foram indubitavelmente, os mais tenebrosos vivenciados pelo povo brasileiro, O exército esteve envolvido em conspirações desde os tempos do Império, e este poder veio à tona em 15 de novembro de 1889 com a suposta Proclamação da República endossada pelos militares, tendo a frente Marechal Deodoro da Fonseca e políticos republicanos que destronaram D.Pedro II, introduzindo no país o regime republicano, cognominado pelos historiadores de “República da Espada”, diante da apropriação do poder pela caserna. As profundas crises dos primeiros anos da republica só seriam superadas com o afastamento dos militares e a instauração de um sistema politico estável que que marcasse os limites e as regras do jogo de poder. Assim sendo, em 1894 assumiu a presidência Prudente de Morais e esperava-se um Brasil pacificado, o que não aconteceu devido o embate entre as facções política.
Uma nova interferência militar resultou na revolução de 1930, que abriu os caminhos para o Estado Novo, ditadura imposta por Getúlio Vargas que durou quinze anos, inspirada no fascismo europeu. Nesse contexto surge a figura do sergipano Lourival Fontes, chefe do temido DIP, departamento de Informação e Propaganda, responsável pela violenta repressão aos oposicionistas do regime. Curiosamente, na historiografia sergipana seu nome não é relevante. Sua biblioteca foi cedida ao museu Histórico de Sergipe, e nela podemos comprovar sua adesão à ideologia nazista.
Destronado pelos militares que no passado anteriormente o apoiavam, Vargas suicidou-se. João Goulart, seu sucessor que foi deposto em 1 de abril de 1964, acusado de tentar implantar o comunismo no Brasil. Enfrentamos mais 20 anos de ditadura militar, violenta e criminosa. Em 2024 mais uma tentativa de golpe de Estado, protagonizada pelo ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, capitão da reserva do Exército Desta vez o cenário era outro, e as instituições, impediram o sucesso da funesta empreitada, sendo que militares e civis respondem criminalmente pelos crimes cometidos.
O ataque frustrado ao Estado Democrático de Direito mostra a fragilidade da nossa democracia, ante um Congresso Nacional composto tantos parlamentares nada respeitáveis, alguns dos quais com dívidas perante a justiça.