Por Carlos Braz
Um dos pilares para o desenvolvimento das nações é sem dúvida o conhecimento e a capacidade intelectual, laborativa e criativa do seu povo. No Brasil Colonial a educação era privilégio das elites econômica e política, e assim permaneceu durante o Brasil republicano, relegando a maior parte da população ao anafalbetismo e miséria. Como bem sabemos, conhecimento é poder, e assim , durantes séculos, se manteve o poderio das classes dominantes, o que pode ser observado ainda nos dias de hoje, com as famílias tradicionais ocupando sempre os melhores cargos na esfera do poder.
Nesse cenário adverso para os menos favorecidos socialmente é que surge o pedagogo pernambucano Paulo Freire (19/09/1921) – ( 02/05/1997) e a sua “pedagogia do oprimido”, metodologia de ensino gestada no calor das lutas sociais , ante a necessidade de não só educar, mas também de fazer um convite a reflexão sobre a importância de ocupar espaços no campo da politica, elegendo militantes comprometidos com um novo país onde as oportunidade, em todos os âmbitos, fossem iguais para todos.
Dessa forma, toda a pedagogia freiriana é um constante diálogo das pessoas entre si, e destas com a sua realidade, com foco na transformação, fazendo com isso que todos aprendam e ensinem ao mesmo tempo. Considerado comunista pela ordem vigente e seus apaniguados, o educador deixou-nos uma herança sagrada: mais importante que saber é nunca perder a capacidade de aprender.
Perseguido pela ditadura militar, sobreviveu exilado, e com a redemocratização tornou-se merecedor de diversas homenagens e honrarias no Brasil e no exterior.