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Permanecer sentado por longos períodos pode elevar o risco de problemas cardíacos

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Mudanças simples no cotidiano podem minimizar os danos do sedentarismo, médico cardiologista explica quais são

A rotina moderna, caracterizada por hábitos sedentários e extensas jornadas de trabalho, tem levado muitas pessoas a passarem grande parte do dia sentadas. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que entre 60% e 85% da população global não pratica atividade física suficiente, expondo milhões ao risco de desenvolver condições graves de saúde, como insuficiência cardíaca e pressão alta.

O médico cardiologista e professor da Universidade Tiradentes (Unit), Carlos Aurélio Aragão, destaca que o sedentarismo prejudica especialmente a circulação sanguínea. “As veias têm a função de levar o sangue de volta ao coração, que o redistribui para os pulmões e outros órgãos. Quando ficamos imóveis por muito tempo, isso compromete o retorno venoso ao coração, o que afeta órgãos vitais, como cérebro, rins e fígado, por receberem menos sangue devido à redução do fluxo sanguíneo”, esclarece o médico.

O risco é ainda maior em casos de desidratação, um fator que afeta o equilíbrio do organismo e a circulação. “Nos dias mais quentes, além de evitar ficar sentado por períodos prolongados, é fundamental manter-se hidratado para garantir o funcionamento adequado dos órgãos. A combinação de desidratação e sedentarismo agrava o fluxo sanguíneo ao coração, aumentando as chances de problemas como trombose, cansaço extremo e até desmaios”, acrescenta o especialista.

Como prevenir?

Afinal, qual o limite de tempo seguro para permanecer sentado? Apesar de não haver regras formais, o cardiologista recomenda levantar-se e movimentar-se a cada uma ou duas horas. “Essa simples atitude melhora o fluxo sanguíneo e ajuda na prevenção de doenças como diabetes, hipertensão e distúrbios do colesterol, todas associadas ao sedentarismo. Além disso, estudos comprovam que a prática regular de exercícios físicos reduz a mortalidade”, reforça Carlos Aurélio.

Mudanças simples no cotidiano podem minimizar os danos do sedentarismo. Algumas delas incluem:

  • Adicionar movimentos à rotina diária: Pequenas pausas ativas no trabalho já trazem benefícios.
  • Alongar-se frequentemente: Exercícios de alongamento são ideais para quem permanece sentado por muito tempo.
  • Buscar orientação médica: Consultar um cardiologista antes de iniciar qualquer prática esportiva é essencial para sedentários.
  • Alternar tipos de exercícios: Combinar treinos aeróbicos com atividades de resistência, como musculação, é altamente recomendado.

“Indivíduos sedentários já possuem maior risco cardiovascular, e esse risco aumenta em grupos específicos, como idosos, diabéticos e pessoas com condições como colesterol alto, hipertensão ou placas de gordura nas artérias. A literatura médica sugere ao menos 30 minutos de exercícios diários, cinco vezes por semana, alternando entre atividades aeróbicas e de resistência. Mesmo pequenas quantidades de exercício podem proporcionar benefícios significativos, como maior expectativa de vida e redução do risco de morte”, alerta o cardiologista.

Asscom Unit

Foto: Adobe Stock

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