Mais de 400 policiais civis sergipanos se reuniram em frente à Delegacia Especial de Turismo (Detur), na Orla de Atalaia, em ato simbólico para expressar o sentimento de desvalorização e de não contemplação com a proposta de reestruturação apresentada pelo Governo do Estado. A manifestação foi realizada na manhã desta sexta-feira (28), após Assembleia Geral Extraordinária do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE). O ato contou também com uma carreata com a participação de mais de 300 carros.
Durante a Assembleia, o Sinpol/SE apresentou à categoria a proposta oficial dada pelo Governo do Estado na última reunião, que aconteceu na quarta-feira (26). O cenário apresentado, entretanto, não foi aceito pelos policiais civis presentes, que buscam mais valorização, inclusive remuneratória. A classe chegou, até mesmo, a considerar a possibilidade de uma greve.
Entretanto, a diretoria do Sinpol/SE dialogou com os policiais civis, expondo que ainda há a possibilidade de chegar a uma solução amigável com o Governo e, juntos, construir a tão aguardada reestruturação da categoria. Desta forma, os presentes no ato e na Assembleia, em conjunto com a diretoria do sindicato, deliberaram por continuar confiando na disposição do governador.
Atualmente, Sergipe é referência nacional no quesito segurança pública, como apontam diversos dados divulgados nos últimos meses. O estado chegou a ser apontado pela Revista Veja como o mais seguro do Nordeste, com a menor taxa de homicídios por 100 mil habitantes. Apesar disto, os policiais civis de Sergipe possuem o quinto pior salário do Brasil, como indica o Ranking Nacional Salarial, divulgado pela Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), a 23ª posição em relação à remuneração dos profissionais em início de carreira.