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Preço do café dispara 234% em cinco anos e pressiona o bolso dos brasileiros

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O preço do café torrado e moído no varejo brasileiro teve um aumento expressivo nos últimos cinco anos, impactando diretamente o bolso dos consumidores. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), coletados pelo R7, o quilo do produto, que custava em média R$ 16,78 em janeiro de 2020, saltou para R$ 56,07 em janeiro de 2024, um aumento de aproximadamente 234%.

O encarecimento do café, item essencial no café da manhã dos brasileiros, tem sido influenciado por diversos fatores. Entre os principais estão:

  • Custos de produção elevados: o preço da matéria-prima subiu mais de 224% nos últimos quatro anos, enquanto o preço ao consumidor aumentou 110%;
  • Mercado internacional instável: oscilações no valor do grão no mercado externo impactam diretamente os preços internos;
  • Mudanças climáticas: eventos extremos, como geadas e secas, reduziram a oferta e pressionaram os preços;
  • Inflação dos insumos agrícolas: fertilizantes, combustíveis e embalagens também tiveram aumentos significativos, encarecendo o produto final.

A Abic prevê que o preço do café pode sofrer novos reajustes nos próximos três meses, com aumentos entre 15% e 20%. No entanto, há expectativa de estabilização a partir de abril, caso a produção nacional tenha um bom desempenho e as condições climáticas sejam favoráveis.

Consumo em alta
Apesar do aumento dos preços, o consumo de café no Brasil continuou crescendo. Em 2024, o consumo interno aumentou 1,11% em relação a 2023, atingindo 21,9 milhões de sacas, o equivalente a 40,4% da safra brasileira do ano. O Brasil se mantém como o segundo maior consumidor de café do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. No consumo per capita, os brasileiros bebem mais café que os norte-americanos: cada pessoa consome, em média, 6,26 kg de café cru por ano, ou 5,01 kg de café torrado e moído.

A região Sudeste concentra a maior parte do consumo de café no país, reforçando a importância do produto na cultura e na economia brasileira. No entanto, o preço elevado tem gerado desafios tanto para os consumidores quanto para a indústria, que busca equilibrar custos e manter a qualidade do produto.


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