Serviço segue em funcionamento após negociações, mas situação preocupa moradores e autoridades
A prefeita de Aracaju, Emília Corrêa (PL), informou neste sábado (4) que o município enfrenta uma dívida de R$ 63 milhões com a empresa Torre, responsável pela coleta de lixo na capital sergipana. Em coletiva de imprensa, a gestora revelou que a situação financeira da prefeitura não permite o pagamento imediato, mas que negociações estão em andamento para evitar uma nova interrupção no serviço.
“A Torre nos informou que a dívida real está em R$ 63 milhões. Isso para mim é bastante preocupante, porque tenho receio de que isso venha realmente a cessar a coleta. Nós não temos esse valor em caixa. Os recursos disponíveis já estão comprometidos em outros investimentos essenciais e, portanto, não podem ser utilizados para essa finalidade”, explicou Emília.
A empresa chegou a suspender o serviço nos dias 30 e 31 de dezembro, o que gerou acúmulo de lixo em várias áreas da cidade. No entanto, a coleta foi retomada no dia 1º de janeiro, após intervenção direta da prefeita e a disposição da diretoria da Torre em negociar os débitos.
Segundo Emília Corrêa, o pagamento da dívida está sendo planejado para o dia 20 de janeiro, mas ainda depende de ajustes financeiros e aprovação de medidas que possam viabilizar o repasse. “A empresa tem sido compreensiva e está realizando a coleta sem receber o pagamento, algo que agradecemos, mas sabemos que a situação é insustentável a longo prazo”, pontuou.
Impacto na cidade
A suspensão temporária do serviço no final de 2024 já havia gerado preocupações entre os moradores, que relataram problemas com o acúmulo de resíduos nas ruas e possíveis riscos à saúde pública. A continuidade do serviço, mesmo com a dívida em aberto, é vista como um alívio momentâneo, mas o temor de uma nova paralisação preocupa a população.
Próximos passos
A Prefeitura de Aracaju segue em tratativas para equacionar a dívida e evitar novos episódios de interrupção no serviço de coleta. A situação também acendeu o alerta para a necessidade de maior planejamento financeiro e revisão de contratos para garantir a sustentabilidade dos serviços públicos essenciais.