A recente operação de agentes de imigração em Worcester, Massachusetts, expôs mais uma vez a controversa atuação das autoridades federais americanas em relação à comunidade imigrante. O caso da adolescente brasileira de 16 anos, que tentou impedir a detenção de sua mãe e acabou sendo jogada ao chão e presa, gerou forte indignação entre vizinhos e ativistas de direitos humanos. A prisão do pai da jovem no dia anterior, sem mandado judicial, também levantou questionamentos sobre os procedimentos adotados pelos agentes.
Embora a família tenha sido solta posteriormente, a notícia de que deverão deixar o país por conta própria evidencia a política de imigração cada vez mais rigorosa nos Estados Unidos. As formas de prisão, frequentemente descritas como truculentas e realizadas sem a apresentação de mandados judiciais, têm sido alvo constante de críticas por parte de entidades de direitos humanos e até mesmo do judiciário americano.
Outro caso emblemático citado na reportagem é o da universitária turca Rumeysa Ozturk, que foi detida por seis agentes mascarados ao sair para jantar. Apesar de possuir visto de estudante e não ter antecedentes criminais, ela foi mantida por seis semanas em uma penitenciária de segurança máxima na Louisiana por participar de manifestações pró-Palestina. A intervenção de um juiz, que determinou sua soltura ao constatar sérias violações à Primeira Emenda da Constituição americana, que garante a liberdade de expressão, revela a preocupação do judiciário com as ações da imigração.
O contexto dessas operações também é marcado por declarações do ex-presidente Trump, que publicou um vídeo defendendo um programa de deportação voluntária e prometendo punições para quem permanecer ilegalmente no país. Esse cenário aponta para uma política de imigração cada vez mais restritiva e para um aumento da pressão sobre as comunidades imigrantes nos Estados Unidos.