Na próxima quinta-feira (5), professores e professoras de 12 cidades de Sergipe irão suspender suas atividades por um dia para protestar contra os salários de novembro atrasados e a incerteza quanto ao pagamento de dezembro e do 13º salário. A mobilização começa com um ato em frente ao Tribunal de Contas do Estado (TCE/SE), às 8h, seguido de uma caminhada até o Ministério Público Estadual (MPE).
O movimento é uma resposta à negligência de gestores municipais, especialmente em cidades onde os prefeitos não foram reeleitos ou não elegeram sucessores, prática que tem se tornado recorrente no estado. Essa situação não apenas prejudica os professores, mas também impacta todos os servidores municipais.
Municípios envolvidos
Os protestos reúnem profissionais das cidades de Maruim, Santo Amaro das Brotas, General Maynard, Canindé de São Francisco, Graccho Cardoso, Malhada dos Bois, Neópolis, Umbaúba, Poço Verde, Itaporanga d’Ajuda, Pinhão e São Domingos.
Apoio e reivindicações
O movimento conta com o apoio do SINTESE, da FETAM e da CUT, que destacam a gravidade do problema. Segundo Emanuela Pereira, do SINTESE, a situação requer intervenção urgente:
“Este é um problema real. Como será nossa realidade em janeiro? Os órgãos de fiscalização precisam agir agora para evitar um caos nas finanças dos municípios e na vida dos trabalhadores.”
A legislação agrava o problema: a Lei do FUNDEB e a Portaria 351 do TCE impedem que receitas de 2025 sejam usadas para pagar dívidas de 2024. Isso significa que, caso os salários de dezembro e o 13º não sejam pagos até o fim do ano, os servidores poderão enfrentar ainda mais dificuldades no início de 2025.
O protesto busca pressionar os órgãos fiscalizadores a tomarem providências para evitar que essa prática se perpetue, prejudicando não só os trabalhadores, mas também a economia local.