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Quem é Leo Lins, humorista condenado a mais de 8 anos de prisão por falas em shows

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Comediante foi sentenciado por ofensas a grupos minoritários em vídeo publicado no YouTube; decisão gera debate sobre os limites da liberdade de expressão

O humorista Leonardo de Lima Borges Lins, mais conhecido como Leo Lins, de 42 anos, foi condenado nesta terça-feira (3) a oito anos e três meses de prisão em regime inicialmente fechado por conta de falas consideradas preconceituosas e discriminatórias em seus shows. A decisão, proferida pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo, está relacionada ao vídeo “Perturbador”, publicado no YouTube em 2022.

Leo Lins foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por declarações ofensivas contra negros, obesos, idosos, soropositivos, homossexuais, indígenas, nordestinos, evangélicos, judeus e pessoas com deficiência. O vídeo foi retirado do ar em 2023, após determinação judicial.

Além da pena de prisão, o humorista foi condenado a pagar:

  • Multa de 1.170 salários mínimos
  • Indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos

Segundo a sentença, a liberdade de expressão não pode ser usada como pretexto para discursos de ódio e discriminação. A juíza responsável pelo caso considerou como agravante o fato de que as piadas foram feitas “em contexto de descontração ou recreação”, o que, segundo a decisão, incentiva a banalização do preconceito.

Quem é Leo Lins?

Natural do Rio de Janeiro, Leo Lins iniciou a carreira no humor em 2005. Ganhou projeção nacional em 2008 como finalista do quadro “Quem Chega Lá”, do programa Domingão do Faustão, e ficou conhecido por seu estilo de comédia “ácido” e polêmico. Também integrou o elenco do programa The Noite, ao lado de Danilo Gentili.

Nas redes sociais, o comediante tem:

  • 2,8 milhões de seguidores no Instagram
  • 2,1 milhões no TikTok
  • 1,5 milhão de inscritos no YouTube

A equipe jurídica de Leo Lins anunciou que irá recorrer da sentença. Em nota, classificou a condenação como “grave e sem precedentes”, levantando preocupações sobre os limites da liberdade artística no Brasil.

Leo Lins também se manifestou por meio de uma publicação com imagens da deusa Themis, símbolo da justiça, sugerindo uma reflexão: “Ironia ou realidade? Arte ou crime?”.

O caso provocou reação entre humoristas. Fábio Porchat classificou a decisão como “uma vergonha”, enquanto Antônio Tabet afirmou que “piadas são só piadas” e que “não cabe à Justiça aprovar ou censurar o humor alheio”.

O debate sobre os limites entre liberdade de expressão e discurso de ódio volta ao centro das discussões, dividindo opiniões na sociedade e no meio artístico.

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