O Brasil tem testemunhado um aumento preocupante nos casos de transtornos de saúde mental como estresse pós-traumático (TEPT) e agorafobia, conforme apontam especialistas. Casos de violência urbana, como o vivenciado pela estudante Laura após ser assaltada, e os efeitos da pandemia de COVID-19 são apontados como fatores significativos para este cenário. Laura relata pesadelos, ansiedade e evitação de locais após a experiência traumática, ilustrando o impacto psicológico da violência.
Dados de pesquisa do Google revelam um crescimento expressivo na busca por informações sobre esses transtornos. As procuras por estresse pós-traumático triplicaram na última década, atingindo o pico histórico, enquanto a agorafobia, medo de lugares públicos e situações de pânico, teve um aumento de 78% nas pesquisas em cinco anos. O isolamento social imposto pela pandemia contribuiu para o aumento da agorafobia, levando pessoas a evitar sair de casa e aglomerações.
Segundo o Ministério da Saúde, somente em 2024, foram registrados 7.400 atendimentos ambulatoriais no SUS relacionados à agorafobia. O tratamento para essa condição envolve principalmente psicoterapia, podendo incluir o uso de medicamentos em alguns casos, conforme explica o psiquiatra Dr. Marcel Tavares. A crescente demanda por tratamento e a elevação nas buscas online indicam a urgência de se abordar a saúde mental na sociedade brasileira.