Universitários desenvolvem mais de 360 atividades de extensão em Sergipe

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Projetos foram elaborados e executados como parte de uma metodologia de ensino adotada pela Unit, que busca inserir os alunos em ações práticas que atendam a demandas reais da sociedade

Estudantes e professores de 10 cursos da Universidade Tiradentes (Unit) vêm desenvolvendo uma série de projetos e atividades de extensão universitária, em parceria com empresas, comunidades, ONGs e instituições públicas e privadas. Eles são as chamadas Práticas Inovadoras de Projeto de Extensão (Pipex), componentes curriculares de extensão que estão interligados ao ensino e à pesquisa. Esses componentes são adotados fazerem parte do Projeto Inova Tiradentes, que foi implantado em 2023 e adota a metodologia da Aprendizagem Baseada em Projetos (PBL), que propõe o ensino e a aprendizagem através de atividades práticas que atendam a demandas e problemas reais da sociedade.

Somente neste primeiro semestre de 2024, foram 368 projetos de extensão desenvolvidos por alunos e professores dos cursos de graduação em Educação Física, Enfermagem, Psicologia, Administração, Engenharia Civil, Engenharia Mecânica, Direito, Estética e Cosmética, Fisioterapia e Nutrição, que estão atualmente no Inova Tiradentes. O número superou o total alcançado nos dois semestres do ano de 2023, que teve 331 atividades. Todas foram desenvolvidas a partir de parcerias firmadas pela Unit com empresas, órgãos públicos, ONGs, entidades da sociedade civil e comunidades locais. 

Nas Pipex, os alunos são instigados e mobilizados para resolver demandas reais associadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), um conjunto de 17 metas definidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a melhoria dos indicadores e políticas públicas voltadas à qualidade de vida em todos os países. De acordo com a professora Silvânia Santana Costa, atual coordenadora do Núcleo Interdisciplinar de Extensão da Unit (Niex), o objetivo das Pipex é possibilitar a integração da instituição de ensino com os diversos setores da sociedade, em uma relação de diálogo que contribui para o desenvolvimento social. 

“As Pipex são um importante componente curricular pois garante a aproximação entre os agentes externos e internos da Unit, contribuindo significativamente para as experiências e vivências dos estudantes fora dos muros da instituição, indo além do âmbito da sala de aula. Para isso, são desenvolvidas atividades de extensão que possibilitam o contato dos discentes com demandas reais, permitindo a reflexão e a atuação por meio da aplicação dos conhecimentos, assim construindo uma sólida formação profissional e humanística”, diz Silvânia. 

Alguns dos projetos desenvolvidos no âmbito das Pipex ganharam destaque. Um deles, feito por alunos de Direito, foi o “ProReler – Projeto de Remição pela Leitura no Copemcan”, que arrecadou livros para reforçar o acervo da biblioteca do Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan). Outro, vindo dos alunos de Enfermagem, foi o “Serviço de Acolhimento ao Servidor do SAMU”, que teve o objetivo de identificar o estado de saúde mental dos colaboradores do serviço. E outro foi o “Estimulação Cognitiva em Idosos: Estratégias de Intervenção para Promoção do Bem-Estar”, no qual alunos de Psicologia levaram atividades de estimulação cognitiva e nas funções executivas e psicomotoras aos idosos residentes no Same – Lar de Idosos Nossa Senhora da Conceição, em Aracaju. 

Como acontecem

Os projetos são desenvolvidos sobretudo nos primeiros anos de cada curso, a partir de demandas captadas através de um Escritório de Empresas, no qual uma equipe de professores dos cursos do Inova contata e conversa com as empresas e instituições parceiras da Unit, apresentando e sugerindo demandas e problemas concretos.

“Essas demandas vão para a sala de aula, são distribuídas para os grupos e os grupos vão trabalhar em cada parceiro. É possível, por exemplo, que uma turma tenha cinco grupos com cinco parceiros diferentes e cada projeto seja em um local com um tema diferente é possível que eu tenha cinco grupos ou seis grupos em uma turma e esses grupos estejam todos no mesmo parceiro, trabalhando com demandas diferentes ou a mesma demanda em projetos separados”, detalha o professor Heriberto Anjos, que coordenou o Niex na etapa de implantação das Pipex. 

Durante cada projeto, o professor orientador atua como uma espécie de gestor de projetos, acompanhando e orientando as visitas e trabalhos de campo dos alunos, que adquirem e desenvolvem inúmeras habilidades. “O contato com os parceiros para desenvolver projetos advindos das suas demandas permite ao estudante a reflexão-ação contribuindo para a assimilação e aplicação dos saberes adquiridos de forma prática, dinâmica e colaborativa. Durante o desenvolvimento do Pipex, os alunos são protagonistas no processo de ensino e aprendizagem, é o aprender fazendo, eles planejam, executam e avaliam. Nesse processo, são agregadas a formação discente além das competências técnicas, as pessoais, tais como: empatia, colaboração, relacionamento interpessoal, trabalho em grupo, tão necessárias para o mundo do trabalho”, detalha Silvânia. 

Além do aprendizado, um dos principais ganhos da participação dos alunos nas Pipex é a abertura de possibilidades de entrada e atuação no mercado de trabalho. “Esse contato do aluno com o mercado de trabalho e com as empresas vai possibilitar uma maior empregabilidade. Hoje, já existem exemplos de alunos que fizeram projetos e que as empresas já estão os contratando como estagiários,  porque desempenharam um excelente papel na resolução de um problema. Desde o primeiro período o aluno está em contato com o gerentes de empresas, diretores de escolas, com ONGs… E aí, esses gerentes e recrutadores de recursos humanos também estão visualizando o trabalho deles”, acrescenta Heriberto. 

Fonte: Asscom Unit

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