Liberdade de cultos: autonomia ou prisão religiosa?

Dia 07 de janeiro é comemorado o dia da Liberdade de Cultos no Brasil

07 de Janeiro , 2020

Mesmo estando em 2020, ainda é necessário esclarecer algumas questões que envolvem as religiões. Na era da informação - e também da desinformação - existem pessoas propagando ódio em nome da religião e acarretado uma série de problemas sociais: violência, mortes, desprezo e o esquecimento do significado do termo humanidade. Vive-se a autonomia ou a prisão religiosa?

Imagem ilustrativa // internet


É fato que há um elo entre todas as crenças religiosas: o amor ao próximo. Será que isso tem sido aplicado? Em nome da "fé", há morte de homossexuais; em nome da "fé", há violência contra o irmão da religião alheia; em nome da "fé", há desprezo pela pessoa que saiu do dito - já defasado - padrão social. Isso se adéqua em ter fé?

Para o teólogo Jerônimo Peixoto, se adequar a religião A ou B diz mais respeito a forma de pensar que necessariamente ter fé. Dessa forma, "a fé independe da religião e, acima de tudo, é necessário que haja liberdade para se inserir no meio - ou religião - que mais se adéqua a sua forma de pensar sobre determinadas coisas", explica Jerônimo.


Há uma lei para todos e esse lei é um parâmetro para respeitar as diferenças, o Art. 5 inciso VI da Constituição Federal de 88, garante a liberdade de expressão intelectual, filosófica e religiosa. Para o teólogo, essa lei tem sido violada em vários âmbitos e, no dia em que se comemora a liberdade de cultos (07 de janeiro), é importante frisar ainda mais a sua importância.


FÉ E POLÍTICA NO "ESTADO LEIGO"


O mundo vive em um contexto de fé misturada com política. Pessoas de extrema direita estão assumindo o poder (aconteceu no Brasil, aconteceu nos Estados Unidos e também na Inglaterra). Para Jerônimo, essas pessoas são intolerantes e, mais que nunca, é indispensável debater o tema da liberdade religiosa. "É importante que pensemos um pouco mais sobre a expressão de liberdade religiosa como um direito inerente a cada pessoa. cada cidadão tem o direito de pertencer a religião que convier. Isso não fere a sua identidade enquanto cidadão de fé", concluiu Jerônimo Peixoto.


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