Com o tema “Fogos sem barulho já”, a audiência contou com a presença de representantes de entidades
Na sexta-feira, 28, foi realizada na Câmara de Aracaju uma audiência pública de autoria do vereador Breno Garibalde para abrir o debate sobre o PL 135/2023, que proíbe o uso de fogos de artifício com estampido.
Com o tema “Fogos sem barulho já”, a audiência contou com a presença de representantes de entidades representantes de pessoas com autismo, da causa animal, dos comerciantes de fogos de artifício em Aracaju, e demais setores da sociedade.
“Esse projeto foi protocolado em 2023 e é muito importante trazer esse assunto a tona, ampliar o debate para que todas as camadas da população afetadas com essa situação sejam ouvidas e possam opinar na construção desse projeto de lei”, afirmou o vereador.
Para Breno, é possível preservar a tradição da soltura de fogos sem prejudicar tantas pessoas. “Recebo inúmeros relatos e registros de pessoas e animais que são afetados com a soltura de fogos com estampido e é um problema que precisa ser solucionado urgente! Estou muito esperançoso pela aprovação desse PL, e essa audiência está sendo realizada para ouvir a população e compôr esse projeto à muitas mãos”, concluiu o parlamentar.
A coordenadora da ONG Movimento Envolver-se, Suzilane Menezes, é uma mulher com espectro autista, mãe de uma adolescente com autismo e defende a aprovação do projeto de lei.
“Tenho autismo há 47 anos, e a questão do uso dos fogos de artifício para mim é um problema muito grande, porque me faz ficar trancada em casa. Há muitos anos que eu não sei o que é brincar São João nem São Pedro, por conta do uso desses fogos. Sou estudante de química e tenho conhecimento de que é possível fabricar fogos sem estampido. É necessário chegar em uma solução que seja favorável para todos, tanto os afetados com essa situação, quanto os fogueteiros”, declarou Suzilane.
Para a representante do Projeto Acolher, entidade defensora dos animais, Sandra Oliveira, a proibição do uso de fogos de artifício com estampido é a solução para a salvação da vida de muitos animais. “Festa boa, é onde todos possam participar. A inclusão é necessária. Os fogueteiros têm que vender seus produtos, mas eu enquanto protetora dos animais e tia de autista, também quero que o direito de meu sobrinho e de tantas outras pessoas e animais, seja garantido, que eles possam também participar da festa e não ficarem trancados com medo dos fogos. Então, eu torço muito pela aprovação desse projeto”, afirmou Sandra.