A escola pública era o caminho mais seguro de ascensão social. A criação do Ginásio Murilo Braga, em Itabaiana, em 1949, foi um bom exemplo.
A farda do ginásio, simbolicamente, unia pobres, ricos e remediados. Quem não via saídas, enxergou a escola.
Antes, a juventude trabalhadora, terminado o primário, tinha duas opções: 1 – as profissões artesanais (sapateiro, alfaiate, padeiro, ourives, marceneiro, carpina, oleiro, comerciário, motorista…), não cabia todo mundo; 2 – ir embora para o Rio de Janeiro ou São Paulo, como diz os versos de Patativa do Assaré: viver como escravo no Norte ou no Sul.
O Ginásio, em 1949 e o científico, em 1969, no Murilo Braga, abriram as portas das universidades, sobretudo da Universidade Federal de Sergipe. Uma legião de Itabaianenses conquistaram a cidadania nos bancos escolares. Modestamente, “Ainda estou aqui”, parodiando o filme de Walter Salles.
É impossível lembrar-me de todos os diplomados. São milhares! Tentei lembrar-me somente dos formados em medicina. Pedi ajuda da Dra. Fátima Siqueira, a mente mais fértil de Itabaiana, e levantei os nomes de alguns médicos que saíram do Murilo Braga:
O primeiro, Dr. Antonio Santana de Menezes, formado em 1968; Átalo, homeopata; Luiz Antonio das Vitalinas, clinicou em Simão Dias; os filhos de Serapião do Cartório (Bertrand, Gois e Roberto); Luciano das Vitalinas, Luciano Siqueira e Luciano de Zé Sacristão.
Continuando a lista de médicos filhos de Itabaiana:
Guilhermino Noronha; Valfredo, de Maria Tavares; Carlos Umberto (China); Luiz Carlos Andrade, Antonio Carlos Fontes e duas filhas, Andrea e Amanda; Airton Peixoto, Elio Lima, Denise Silveira, Maria Betania, filha de Tonho de Dóci, a primeira mulher; José Marcondes; Benjamin de Bebé; Luiz Antonio (Tinho); Ferreira anestesista.
Maria José, irmã de Zé Carlos Machado; Fátima Siqueira; Diana Maria Andrade; Diana Oliveira, Djalma ( irmão de China); Ana Jovina, neta de Quinho Carteiro; Ana Cristina, Anaelze e Ana Carla; Jussane Oliveira, filha de Cleunair Carapiá; Edésio, do mercadinho; Ana Patrícia; Rômulo de Oliveira, filho de Lessa; Antônio Correia, Fabian Vinicius; José Augusto Lima; Carlos Augusto, filho de Mozart, Ana, filha de Floro e Alysson.
Tem a turma mais nova, que certamente está incompleta: Edelma de Zé de Merré, Ivanilson, José Antônio Nascimento ( Toinho de Antônio Pintor); Débora Ocea; Patrícia Ocea; Roseane; Carlos Cleber, filho de José Carlos Massa Crua); Jilvan Pinto (presidente do CRM); Ana Taísa; Taísa; Victor Teles, o que passou no vestibular com 14 anos; Danilo; Matheus Peixoto; Nathan, Marifran; Simone; Geová; Ana Paula, uma filha de Paulo de Dezi; José Vieira e Jonas.
Milena, filha de Ronaldo Breu, Adilson, Carlos Alberto e Adelvan Ferreira, filho de Avelar; Matheus Carvalho e Alex; Naudson; Alan; José Jeová, Edelma; Shirley, filha de Zé Catito; Shirley, Shirlene, primas de Gleuza e Renê, filho de Purga de Cós.
Os famosos Francisco Máximo, Eduardo Amorim, Gilson Mendonça (prefeito de Estância); Alberto Machado; Adilson Almeida, filho de Seu Alvino; Sinval Andrade e o irmão, Antonio Andrade; José Luiz Machado, Aguinaldo Fonseca; Reges Almeida; Marconi Ramos; Marcos Ramos; Antonio Fernandes Menezes; Edmundo da Graça e Nivaldo de Joãozinho Vermelhinho.
Os universitários eram destaque em Itabaiana. Participavam ativamente da vida social. A cidade se orgulhava dos seus estudantes. Essa foto é um exemplo: um time de universitários fazendo a preliminar dos jogos do Itabaiana. Um desafio: quem está nessa foto?
Sei que esqueci de muitos. Peço ajuda: quem lembrar médicos itabaianenses não citados, tendo ou não passado pelo Murilo Braga, passe-me os nomes.
No dia 23 de novembro, sábado, a Academia Sergipana de Medicina organizará uma “tertúlia” em Itabaiana. A atividade terá com principal atração, uma palestra de Vladimir Carvalho, sobre a história da medicina em Itabaiana. Durante o evento, médicos Itabaianenses serão homenageados.
A atividade é aberta a sociedade.
Antonio Samarone – Secretário de Cultura.